Helicóptero militar dos Estados Unidos sobrevoa região próxima a Cabul: americanos pesquisam riquezas naturais do país| Foto: Ahmad Masood/Reuters

Os depósitos minerais inexplorados do Afeganistão podem va­­ler mais de US$ 1 trilhão, revelou ontem o Pentágono (co­­man­­do do exército dos EUA). A descoberta pode alterar a economia do país e contribuir com os esforços dos Estados Unidos para fortalecer o governo afegão.

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O coronel David Lapan, porta-voz do Pentágono, disse que uma força-tarefa encarregada de estudar os recursos do país descobriu jazidas significativas de cobre, ferro, ouro, mercúrio, enxofre, cromo, talco-magnesita e carbonato de potássio, além da presença de fluorita, berílio e lítio, en­­tre outros. "É certamente uma boa notícia em potencial, especialmente para o Afeganistão", disse Lapan. "Se pudermos assistir os afegãos no desenvolvimento desses recursos, isso certamen­­te tem potencial para agregar muito à economia deles."

Mas especialistas alertam que superar os desafios na exploração desses recursos é algo que po­­de levar décadas. O país tem pouca infraestrutura, está imerso numa guerra violenta e tem fama de possuir autoridades corruptas.

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A riqueza mineral está espalhada por todo o país, inclusive no sul e no leste, regiões onde a presença da guerrilha Taliban é mais intensa. A força-tarefa que avaliou os recursos minerais afegãos foi composta por mem­­bros do Pentágono, do Depar­­tamento de Estado e do De­­par­­tamento de Pesquisas Geo­­lógicas dos EUA, em conjunto com funcionários do ministério afegão das Minas.

O jornal The New York Ti­­mes divulgou ontem que a ri­­queza mineral do Afeganistão é tão grande que no futuro o país pode se tornar um dos grandes centros da mineração global.

Um memorando do Pentá­­gono citado pelo jornal diz que o país pode vir a ser "a Arábia Saudita do lítio", ma­­téria-prima de baterias de pro­­dutos eletrônicos.

A avaliação sobre o potencial mineral afegão deve acirrar a disputa entre atores re­­gionais, como China, Índia e até Rús­­sia, por uma maior participação na exploração desses re­­cursos.

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