Duas pessoas foram decapitadas na segunda-feira no oeste do Afeganistão, uma semana depois de serem sequestradas junto com 33 outras por aparentemente apoiarem o governo afegão, e um chefe de polícia no sul do país foi morto por uma bomba, segundo autoridades.

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Os corpos decapitados foram entregues às suas famílias na aldeia de Mughul Abad, na província de Farah, um dia depois de 16 sequestrados serem libertados, segundo o ancião local Hajji Saydo Jan. Não ficou claro o que ocorreu com os demais reféns.

"Essas pessoas são gente comum da aldeia, mas os sequestradores disseram que eles tinham conexão com o governo", disse Saydo Jan à Reuters por telefone.

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O Taleban disse não saber nada sobre o sequestro, ocorrido, segundo autoridades, em 11 de julho.

Abdul Rashid, uma autoridade provincial de segurança, confirmou que duas pessoas foram decapitadas e que 16 foram soltas. Ele disse também que uma pessoa foi assassinada no mesmo dia do sequestro.

O incidente ocorre no momento em que as tropas estrangeiras começam a transferir o controle da segurança para as forças afegãs. No domingo, a Isaf (força da Otan) entregou o controle na província de Bamiyan, região central do país, marcando o início de um processo gradual que terminará no final de 2014 com a retirada de todas as tropas estrangeiras do país.

O primeiro semestre deste ano foi o mais letal para os civis em uma década de conflito no Afeganistão, com quase 1.500 mortos, segundo um recente relatório da ONU. Funcionários da ONU e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha disseram na semana passada que os civis estão cada vez mais sendo pressionados a escolher um lado no conflito entre o governo, apoiado pelo Ocidente, e os insurgentes islâmicos do Taleban.

Na segunda-feira, o chefe de polícia do distrito de Registaan e três subordinados dele foram mortos por uma bomba deixada à beira de uma estrada na violenta província de Kandahar, sul do país, segundo autoridades locais.

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Segundo a ONU, o número de incidentes violentos no Afeganistão saltou de 8.242 no primeiro semestre de 2010 para 11.826 nos primeiros seis meses de 2011. O sul e sudeste do Afeganistão responderam por dois terços do total, mas a região oeste teve a maior taxa de crescimento mensal nos incidentes violentos.