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Retomada do Talibã

Afegãos lotam aeroporto de Cabul para tentar fugir do Afeganistão; sete mortes foram relatadas

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O Talibã faz segurança do lado de fora do Aeroporto Internacional Hamid Karzai enquanto as pessoas caminham para o aeroporto para fugir do país (Foto: EFE/EPA/STRINGER)

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Milhares de afegãos correram para o aeroporto de Cabul para tentar fugir do país, depois que o Talibã retomou o controle do governo neste domingo (15). Vários países ocidentais estão evacuando seus cidadãos do país, enquanto os Estados Unidos estão fazendo a segurança do aeroporto e mantêm controle do tráfego aéreo da capital.

Sete pessoas morreram, enquanto multidões invadiram a pista do aeroporto e tentaram se agarrar em uma aeronave militar americana que estava decolando, disse uma fonte do Pentágono à Associated Press.

Os vídeos abaixo mostram o desespero dos afegãos para fugir de possíveis retaliações e da brutal interpretação da lei islâmica pregada pelo Talibã.

Por causa da confusão no aeroporto da capital, os voos civis e militares foram suspensos, anunciou o Pentágono no início da noite desta segunda-feira (meio-dia no horário de Brasília).

Mais de 60 países, incluindo EUA, Austrália, Alemanha e França, emitiram um comunicado conjunto pedindo que o Talibã permita a saída das pessoas do país.

EUA ainda controlam o aeroporto

Em um comunicado conjunto, o Pentágono e o Departamento de Estado indicaram que estão tomando uma série de medidas para garantir a segurança do Aeroporto Internacional da capital do Afeganistão, para permitir a saída segura de aviões civis e militares.

"Ao longo das próximas das próximas 48 horas, teremos expandido nossa presença de segurança a quase 6 mil homens, com uma missão centrada unicamente em facilitar nossos esforços, e tomaremos as rédeas do controle aéreo", diz a nota.

"Amanhã e nos próximos dias, levaremos para fora do país milhares de cidadãos americanos que residem no Afeganistão, assim como pessoal contratado a nível local para a missão americana em Cabul e suas famílias", informa o comunicado.

Na embaixada dos EUA no país asiático, cuja sede foi transferida hoje para o aeroporto de Cabul, após a tomada da capital pelos talibãs, trabalham cerca de 4 mil funcionários, entre eles, 1,4 mil cidadãos americanos, segundo a emissora de televisão "ABC News".

Até o momento, de acordo com a rede de TV dos EUA, cerca de 500 dos cidadãos do país que exercem função na representação diplomática já foram retirados do Afeganistão.

Evacuações

O Departamento de Estado e o Pentágono prometeram, além disso, retirar do país "outros cidadãos afegãos, particularmente vulneráveis", além de acelerar a evacuação de outros que cumprem os requisitos para receber o visto especial de imigrante nos EUA.

O governo americano prometeu semanas atrás que, antes do fim de agosto, encerraria a retirada militar do Afeganistão e que ajudaria a retirar até 70 mil cidadãos oriundos do país asiático, entre intérpretes e outros funcionários que ajudaram as tropas dos Estados Unidos, além de seus familiares.

Na nota, o Departamento de Estado lembrou que cerca de 2 mil já chegaram ao território americano nas últimas duas semanas.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou neste domingo à emissora "CNN" que Washington também ajudaria a evacuar outros afegãos que não se qualificaram para obter vistos especiais, mas que apoiaram americanos e podem ser ameaçados pelos talibãs.

Mais cedo, o presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, fugiu do país, o que resultou na tomada de Cabul pelos insurgentes e acelerou a retirada das delegações diplomáticas estrangeiras que já estava em curso.

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