Crianças comem sopa em rua de Kabul, no Afeganistão, país que ainda busca estabilidade| Foto: Johannes Eisele/AFP

O Afeganistão e os EUA chegaram a um acordo sobre as operações das forças especiais no país asiático afetado pela insurgência. Os bombardeios noturnos, um tema controverso, passam agora à responsabilidade dos afegãos.

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O ministério das Relações Exteriores do Afeganistão convidou os jornalistas para a cerimônia de assinatura do acordo ontem, e o porta-voz do presidente Hamid Karzai, Aimal Fazzi, disse que "após a assinatura desse documento, todos os bombardeios serão dirigidos pelos afegãos".

"As forças estrangeiras, as forças americanas, desempenharão um papel de apoio nos bombardeios, como por exemplo compartilhar informação", acrescentou.

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Os bombardeios noturnos das posições insurgentes, realizados por forças especiais, provocaram o descontentamento popular e são, há tempos, fonte de atrito com o presidente afegão, Hamid Karzai, que acusa as operações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de imprudentes.

Mas os militares ocidentais insistem em que esses ataques são extremamente úteis no embate contra os guerrilheiros talibãs, que levam mais de uma década lutando contra Karzai e seus aliados ocidentais.

"Haverá um corpo conjunto, composto por forças afegãs, americanas e da Otan", disse Faizi. "Quando houver a necessidade de levar adiante um bombardeio noturno, a decisão será tomada por esse corpo e a decisão final será tomada pelos afegãos", acrescentou.

"Quando os afegãos aprovarem uma operação, ela será executada e os afegãos decidirão se é necessária a participação de forças estrangeiras. Se houver necessidade, os estrangeiros desempenharão um papel de apoio com assistência aérea ou outras tecnologias modernas", disse. Também será necessária uma ordem das autoridades legais afegãs.