Extremistas talibãs tentaram sabotar neste domingo as primeiras eleições legislativas no Afeganistão em décadas, mas os eleitores compareceram para a votação, que o presidente Hamid Karzai chamou de momento definitivo no esforço de reconstrução.
Os talibã lançaram mais de duas dúzias de ataques, no sul e no leste do país. Dois mísseis atingiram um complexo das Nações Unidas, perto de um centro eleitoral em Cabul, logo após a abertura das urnas. Esse ataque feriu um funcionário da ONU afegão, informaram oficiais militares e eleitorais americanos.
Um soldado francês morreu na explosão de uma mina. Dois policiais afegãos e tr ês rebeldes foram assassinados em um confronto perto da fronteira com o Paquistão. Um militante talibã morreu em um ataque efetuado ainda de madrugada a uma zona eleitoral.
Mas a comissão eleitoral disse que a votação tinha sido extraordinariamente pacífica.
O chefe eleitoral Peter Erben disse acreditar que o índice de participação do eleitorado foi alta, apesar do início vagaroso. No entanto, observadores internacionais disseram que, aparentemente, o comparecimento foi menor que na eleição presidencial do ano passado, quando 70% dos eleitores foram votar.
- Eu vejo uma eleição extremamente sadia em todo o Afeganistão - disse Erben. - A segurança foi mantida de maneira geral, amplamente devido à estrutura local. Onde tivemos problemas, as forças de segurança agiram prontamente.
Uma megaoperação foi montada para proteger a votação, envolvendo cem mil soldados, incluindo 20 mil de uma fora comandada pelos Estados Unidos e dez mil pela ONU.
Cerca de 12,5 milhões de afegãos se registraram para votar nas eleições parlamentares, que foram organizadas pela ONU e custaram US$ 159 milhões. Foi a primeira eleição para o legislativo desde 1969 e o entusiasmo parecia grande.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”