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Novos protestos ocorreram nesta terça-feira na capital afegã, Cabul, por causa da queima de um exemplar do Alcorão por um pastor dos Estados Unidos. As manifestações contra esse ato estão em seu quinto dia no Afeganistão. Centenas de pessoas se reuniram na Universidade de Cabul gritando "morte à América" e "nós queremos que quem queimou o Alcorão seja julgado". Os protestos anteriores deixaram 24 mortos, incluindo sete funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU).

Um porta-voz do Ministério do Interior confirmou o início do protesto, liderado por estudantes da universidade. "Ele é pacífico e está sob controle no momento", disse o porta-voz. A segurança foi reforçada, para impedir que os estudantes deixassem o campus no protesto. Ruas que levam à universidade foram bloqueadas.

A queima do Alcorão foi realizada pelo pastor evangélico Wayne Sapp, em uma congregação da Flórida. Os protestos começaram na sexta-feira em Mazar-i-Sharif, quando um escritório da ONU foi atacado e os empregados foram mortos. Cinco manifestantes afegãos também morreram em confrontos com a polícia.

Doze outras pessoas morreram em dois dias de violentos protestos em Kandahar, no sul afegão. O presidente Hamid Karzai ordenou uma investigação das manifestações. A religião é um tema delicado no conservador Afeganistão, onde tropas internacionais comandadas pelos EUA enfrentam a insurgência liderada pelo Taleban. As informações são da Dow Jones.

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