Eleitores sul-africanos votando em Joanesburgo| Foto: EFE/EPA/KIM LUDBROOK
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A Comissão Eleitoral da África do Sul celebrou nesta quarta-feira (29) o encerramento de mais um ciclo eleitoral marcado por uma “participação popular que superou as expectativas”.

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Sy Mamabolo, chefe da Comissão Eleitoral do país, disse que o houve um “engajamento significativo da sociedade sul-africana no processo democrático”, e citou que a adesão ao voto durante esta quarta-feira foi “bem além” da última eleição.

Embora os números exatos ainda estejam sendo contabilizados, Mamabolo expressou confiança de que a participação da população neste pleito “ultrapassará os 66% registrados em 2019”, a última eleição.

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As urnas na África do Sul foram fechadas às 21h, no horário local, mas aqueles que ainda estavam nas filas nos centros de votação ainda tiveram a oportunidade de votar.

Segundo a Comissão Eleitoral, o processo de contagem dos votos começará imediatamente após todos os eleitores terem exercido seu direito.

Conforme noticiou a Al Jazeera, o dia de votação foi marcado pela tranquilidade, mas houve relatos de interrupções no fornecimento de energia e água em algumas seções eleitorais.

Essa eleição, a sétima pós-apartheid, está sendo vista por analistas como uma das mais importantes, tendo em vista que o maior partido da África do Sul, o Congresso Nacional Africano (ANC), pode acabar perdendo sua maioria no Parlamento.

Neste pleito, os eleitores estão escolhendo a nova composição da Assembleia Nacional, o Parlamento sul-africano de 400 assentos, que, por sua vez, escolhe quem será o novo líder do país. Além da escolha dos parlamentares nacionais, os cidadãos também estão escolhendo a nova composição dos parlamentos provinciais.

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Melanie Verwoerd, uma analista política citada pela Al Jazeera, disse que o ANC ainda pode sair dessas eleições com cerca de 45% dos votos, mantendo-se como a principal força política do país, no entanto, perdendo sua maioria confortável, o que lhe garantiu nos últimos anos o poder de escolher o presidente do país com certa "tranquilidade". O partido de oposição Aliança Democrática (AD), e o partido de extrema-esquerda Combatentes pela Liberdade Econômica (EFF), liderados por Julius Malema, lutam por uma fatia menor do eleitorado.

Espera-se que a contagem dos votos possa levar um pouco mais de tempo, com previsões apontando para a divulgação dos resultados finais no domingo (2). A Comissão Eleitoral tem até sete dias após o fechamento das urnas para anunciar os resultados completos, conforme estabelecido por lei.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]