A África do Sul proibiu o dalai-lama de participar de uma conferência de paz em Johannesburgo prevista para esta semana. O governo sul-africano argumentou hoje que tomou a decisão para não colocar em risco suas relações com a China.
A medida provocou críticas por parte da Comissão Nobel e de outras entidades. Thabo Masebe, porta-voz do presidente Kgalema Motlanthe, alegou que este não é o momento para uma visita como a do líder espiritual tibetano e disse que a África do Sul queria evitar tornar-se "fonte de publicidade negativa com relação à China".
No entanto, a proibição - tecnicamente a recusa de enviar um convite oficial - gerou publicidade negativa para a própria África do Sul. O arcebispo aposentado da Cidade do Cabo Desmond Tutu, que como o dalai-lama ganhou o Prêmio Nobel da Paz, e integrantes da Comissão Nobel cancelaram seus planos de participação na conferência de sexta-feira por causa da proibição.
"É desapontador o fato de que a África do Sul, que tanta solidariedade recebeu do mundo, não queira se solidarizar com outros", declarou Geir Lundestad, diretor do Instituto Nobel. Ele se referia às décadas de luta contra o regime racista do apartheid na África do Sul.
Masebe disse que a decisão foi tomada no mês passado e comunicada aos organizadores sul-africanos da conferência, que pretendia atrair Prêmios Nobel, celebridades hollywoodianas e outros para discutir meios de unir povos e nações. A Federação Sul-Africana de Futebol organizou a conferência para atrair os holofotes para a primeira Copa do Mundo a ser realizada no continente africano, em 2010.
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