Equipes de resgate suspenderam as buscas por sobreviventes em um edifício que desabafou na África do Sul, após concluírem que não há mais operários soterrados nos escombros do shopping center em fase de construção.
Uma pessoa morreu e dezenas ficaram feridas no colapso da estrutura de três andares, na terça-feira (19), em Tongaat, 30 quilômetros ao norte de Durban.
"Toda a operação foi interrompida e entregue aos cuidados do Departamento do Trabalho", disse a repórteres a porta-voz da polícia, Mandu Govender, no local nesta quarta-feira (20).
Informações iniciais indicavam que 50 operários poderiam estar presos sob os destroços, mas equipes de resgate, trabalhando toda a noite com cães farejadores, recuperaram somente um corpo e não encontraram sobreviventes.
A causa da queda ainda não foi esclarecida. O prefeito distrital, James Nxumalo, disse que autoridades locais haviam obtido na Justiça vários mandados de interdição, o último deles em 14 de novembro, para suspender a construção.
O proprietário do local foi identificado como sendo um empresário sul-africano muito conhecido em Durban, a segunda maior cidade da África do Sul e com uma grande população de origem indiana.
Se for comprovado que houve desrespeito a normas de segurança, o acidente poderá causar danos ao governista partido Congresso Nacional Africano (CNA) nas eleições no ano que vem por causa da disseminada percepção de incompetência e corrupção no governo local.
Durban e a província onde está situada, KwaZulu-Natal, são a região de origem do presidente Jacob Zuma e vêm atravessando um boom imobiliário nos últimos anos, em parte como resultado de investimentos governamentais.
Dos 29 feridos, dois estão em estado grave no hospital, disseram autoridades do setor de saúde.
A previsão é de que o CNA vença as eleições, em abril ou maio do ano que vem, mas provavelmente sua parcela de votos vai diminuir, já que jovens sul-africanos da era pós-apartheid, sem vivência da época da dominação dos brancos, estão agora em idade de ir às urnas.