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Desenvolvimento

África precisa de mais profissionais de saúde

População africana sofre com cada vez menos profissionais de saúde, que reclamam de condições de trabalho | Philimon Bulamayo/Reuters
População africana sofre com cada vez menos profissionais de saúde, que reclamam de condições de trabalho (Foto: Philimon Bulamayo/Reuters)

Cidade do Cabo - Para atingir objetivos ambiciosos na melhoria da saúde de mães e crianças e na redução das mortes por aids até 2015, a África precisa de mais 800 mil profissionais de saúde, diz estudo recente.

A África tem cerca de 30% dos 1,16 milhões de médicos, enfermeiros e parteiros de que precisa, segundo estudo publicado no dia 6 de agosto no jornal Health Affairs. Pesquisadores estimam que custaria US$ 2,6 bilhões para remunerar os profissionais adicionais, se eles estivessem disponíveis.

As estimativas se baseiam na recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que cada país africano deveria ter pelo menos 2,28 médicos, enfermeiros e parteiros para cada mil pessoas, a fim de alcançar as Metas de Desenvolvimento do Milênio.

Os autores recomendaram que agentes que elaboram diretrizes melhorem a produtividade ao usar mais trabalhadores comunitários de saúde, oferecendo incentivos para motivar e reter trabalhadores e aumentando a capacidade de treinamento.

Insatisfação

Outro estudo publicado no Health Affairs afirma que, se­­gunda uma recente pesquisa, a maioria dos trabalhadores de saúde de Uganda relatou baixo moral e insatisfação com suas condições de trabalho e salários.

Metade dos médicos entrevistados afirmou querer deixar o país para melhorar sua situação. A evasão de cérebros – quando profissionais treinados emigram para trabalhar em países que pagam melhores salários – assola os países pobres.

Pesquisadores relatam que não existe um medo imediato de um "êxodo em grande escala" de profissionais de saúde, mas afirmam que a redução da carga de trabalho e o aumento de salários são necessários para motivar e convencer médicos e enfermeiros ugandenses a permanecer no país.

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