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A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) informou que coágulos sanguíneos devem ser incluídos como efeito colateral "muito raro" da vacina da Johnson & Johnson contra o coronavírus. O regulador, contudo, reiterou que os benefícios da aplicação do profilático superam os riscos.
O parecer do comitê de segurança da entidade é semelhante ao do imunizante da AstraZeneca com Universidade de Oxford, anunciado no início deste mês. Também está em linha com decisão de autoridades sanitárias americanas, que recomendaram a suspensão temporária do uso do produto da J&J. A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos ainda investiga a questão.
A EMA disse que levou em consideração os relatos dos EUA na definição desta terça-feira (20). Segundo a nota, foram identificados oito casos de trombose em pessoas que receberam a dose única da vacina da J&J, entre mais de 7 milhões que receberam o produto em território americano. Todos os registros ocorreram em pessoas com menos de 60 anos, a maioria mulheres.
"A avaliação científica da EMA sustenta o uso seguro e eficaz das vacinas contra a Covid-19. A utilização da vacina durante as campanhas de vacinação a nível nacional terá que levar em consideração a situação da pandemia e a disponibilidade da vacina em cada Estado membro", reforça o comunicado.
Fornecimento à UE
Após o comunicado da EMA, a Johnson & Johnson anunciou que retomará o fornecimento de vacinas para a União Europeia (UE), Noruega e Islândia. "Acreditamos fortemente nos benefícios positivos de nossa vacina contra a Covid-19 de dose única e facilmente transportável para ajudar a proteger a saúde das pessoas em todos os lugares e alcançar comunidades carentes em todo o mundo", declarou o vice-presidente do Comitê Executivo e diretor científico da J&J, Paul Stoffels.
No comunicado divulgado nesta quarta-feira, a farmacêutica disse que incluirá as informações sobre os casos de trombose em seu folheto sobre a vacina e classificou a situação como "evento adverso muito raro". Além disso, a J&J afirmou que os profissionais de saúde serão alertados sobre os sinais e os sintomas de tromboembolismo.