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Os ministros da Saúde concordaram nesta quinta-feira (20) em tentar reduzir o consumo excessivo de álcool e outras formas cada vez mais comuns de abuso de álcool por meio de impostos mais altos sobre bebidas alcoólicas e uma regulamentação mais rigorosa sobre a propaganda.

A estratégia global para reduzir o uso perigoso de álcool foi adotada por consenso na assembleia anual da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Suas 10 principais recomendações, formuladas após dois anos de negociação, não são obrigatórias, mas servem como diretrizes aos 193 países membros da OMS.

"O álcool contribui para acidentes, problemas de saúde mental, problemas sociais e prejudica terceiros", disse Bernt Bull, alto assessor do Ministério da Saúde da Noruega. Os países nórdicos, muitos dos quais já impõem restrições severas à venda de bebidas, lideraram a iniciativa na agência de saúde pública da Organização das Nações Unidas (ONU).

Um imposto relativamente alto sobre as bebidas alcoólicas e regulações limitando a disponibilidade delas têm ajudado a reduzir as doenças relacionadas ao álcool, disse ele.

A OMS estima que os riscos associados ao álcool causem 2,5 milhões de mortes por ano decorrentes de doenças cardíacas e hepáticas, acidentes automobilísticos, suicídios e cânceres diversos - 3,8% de todas as mortes. É o terceiro principal fator de risco para mortes prematuras e invalidez em todo o mundo.

"O álcool normalmente não é percebido como um assassino, embora seja", disse Shekhar Saxena, diretor do departamento de saúde mental e abuso de substâncias da OMS, em entrevista coletiva.

Apesar do abuso crescente e dos jovens começando a beber mais cedo em muitos países, metade dos membros da OMS não tem uma política nacional para o álcool, de acordo com o especialista da OMS Vladimir Poznyak.

"As maiores mudanças devem acontecer nos países que não têm instituições de controle do álcool ou uma estrutura regulatória para o consumo de álcool", disse ele.

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