Autoridades da Agência Nacional de segurança dos EUA, a NSA, estão considerando conceder anistia ao ex-técnico Edward Snowden, em troca da devolução dos milhares de documentos que o ex-agente obteve na NSA.

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Snowden vazou documentos mostrando que a NSA espionava indivíduos, empresas e líderes de todo o mundo. Uma anistia seria um desenlace surpreendente para uma epopeia internacional que já dura seis meses. Seria especialmente inesperado para uma agência que passou meses advertindo que as revelações de Snowden ameaçavam a segurança nacional.

O funcionário da NSA responsável por avaliar os danos causados pelo vazamento de Snowden, Richard Ledgett, afirmou à rede de TV americana CBS News que a ideia de conceder anistia continua controversa dentro da agência, que vem tentando preservar seus poderes de vigilância diante de críticas do Congresso dos EUA e líderes de outros países.

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"Minha opinião pessoal é que, sim, vale a pena conversarmos a respeito de uma anistia", disse Ledgett, que está cotado para ser o novo chefe civil da NSA, em uma entrevista que iria ao ar hoje. "Eu precisaria de garantias de que o restante do material estaria seguro, e meu nível de exigência para essas garantias é muito alto. Teria de ser mais do que uma promessa dele."

Snowden está na Rússia, onde recebeu um asilo de um ano. Em junho, o Departamento de Justiça dos EUA entrou com uma queixa crime acusando Snowden de roubo de propriedade do governo, comunicação não autorizada de informação sobre a defesa nacional e "comunicação deliberada de informações sigilosas a uma pessoa não autorizada". Ele ainda não foi formalmente acusado.

Qualquer concessão de anistia teria de passar pelo Departamento de Justiça. O diretor da NSA, general Keith Alexander, afirmou à CBS que conceder anistia a Snowden seria recompensar vazamentos e incentivar futuras revelações de informação sigilosa. Mas Alexander vai se aposentar logo, juntando-se a seu contraparte civil, John Inglis, e Ledgett é um dos mais cotados para substituir Inglis.