Papa Francisco e Obama, na Cidade do Vaticano: o presidente dos EUA fez ontem sua primeira visita ao sumo pontífice| Foto: Gabriel Bouys/Reuters

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Numa entrevista ao jornal Corriere della Sera, Obama disse que a "grande autoridade moral" de Francisco dá mais peso aos apelos por uma solução aos crescentes desequilíbrios entre os ganhadores e perdedores da globalização e das mudanças econômicas.

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O presidente Barack Obama afirmou ontem que seu governo vai acabar com a coleta e o armazenamento de dados de ligações telefônicas nos Estados Unidos por parte da Agência Nacional de Segurança (NSA), e que eles ficarão apenas nas mãos das operadoras.

"Depois de ter estudado com atenção as opções disponíveis, decidi que a melhor maneira é que Estado não colete mais, nem armazene esses dados", assinalou o presidente em comunicado, reiterando um anúncio preliminar realizado no início da semana. "Os dados deverão permanecer nas mãos das operadoras telefônicas", acrescentou.

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A administração Obama está preparando um projeto para diminuir drasticamente as gravações de conversas telefônicas feitas pela NSA, segundo informações que o jornal The New York Times divulgou na segunda-feira.

De acordo com a publicação, os dados coletados a partir das gravações telefônicas dos cidadãos americanos seriam armazenados pelas próprias companhias telefônicas. Estas não precisam mantê-los arquivados por mais tempo do que já o fazem normalmente (18 meses, segundo informações da Casa Branca).

O registro de uma enorme quantidade de gravações telefônicas feito pela NSA era secreta até as revelações feitas por Edward Snowden, ex-funcionário da agência, no ano passado.

Em um discurso feito em janeiro, Obama se mostrou disposto a tirar da NSA a prerrogativa de monitorar extensas quantidades de dados telefônicos. Na mesma fala, porém, Obama afirmou que "não era uma tarefa fácil" e instruiu o Departamento de Justiça a desenvolver um plano até o próximo dia 28 de março – data na qual expira a ordem judicial que permite o funcionamento do programa.

Segundo a nova proposta, em vez de coletar sistematicamente os dados telefônicos, a NSA teria de obter mandados judiciais contra alvos específicos – o juiz teria de decidir que um determinado número telefônico está relacionado a possíveis atividades terroristas.

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Obama encontra papa Francisco e o convida a visitar Casa Branca

Reuters

Na viagem ao Vaticano, Obama parecia à vontade ontem e brincou com o papa Francisco durante a parte aberta aos repórteres de seu primeiro encontro com ele, dizendo em dado momento não saber como sua mulher e suas filhas "o aguentam".

O presidente e sua delegação, incluindo o secretário de Estado, John Kerry, passaram pelos saguões decorados de afrescos do Palácio Apostólico do Vaticano até a entrada da biblioteca particular de Francisco.

Não foram divulgados até o momento quaisquer detalhes da conversa, mas, na véspera da reunião, Obama deu uma entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera elogiando o compromisso do papa Francisco com o enfrentamento da diferença crescente entre ricos e pobres.

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"É uma grande honra. Sou um grande admirador [do papa]", disse o presidente ao ser saudado pelo pontífice. "Muito obrigado por me receber".

Obama convidou Fran­­cisco a visitar a Casa Branca quando deu a ele, como presente simbólico, sementes de frutas e de vegetais do jardim da residência presidencial.

"Se tiver uma chance, pode vir à Casa Branca e conhecer o jardim", disse Obama ao papa enquanto explicava o presente. Em espanhol, o papa respondeu: "Mas é claro".