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Funcionário médico com roupas especiais trabalha em hospital de Madri, na Espanha | Susana Vera/Reuters
Funcionário médico com roupas especiais trabalha em hospital de Madri, na Espanha| Foto: Susana Vera/Reuters

Boa notícia

OMS pode declarar fim do surto de ebola para a Nigéria e o Senegal

Reuters

Nigéria e Senegal podem ser declarados livres de ebola dentro de poucos dias depois de completarem um período de 42 dias sem novos casos, afirmou ontem a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Se a vigilância ativa de novos casos que está atualmente em vigor continuar, e novos casos não forem detectados, a OMS vai declarar o fim do surto da doença do ebola no Senegal na sexta-feira, 17 de outubro", disse a OMS em um comunicado.

Para a Nigéria, a data é a próxima segunda-feira, dia 20. Senegal teve um paciente confirmado com ebola, mas ele se recuperou e não parece ter infectado mais ninguém.

Na Nigéria, um viajante da Libéria provocou um surto em que oito pessoas morreram, a maioria trabalhadores de saúde, antes que a doença pudesse ser contida. Mas, nos três países mais afetados, Libéria, Serra Leoa e Guiné, "novos casos continuam a explodir em áreas que pareciam que estavam sob controle", disse a OMS.

A OMS afirma que a espera de 42 dias a partir do momento em que a última pessoa com alto risco testa negativo para o vírus dá confiança suficiente para declarar o fim de uma epidemia.

O período de 42 dias é o dobro do período máximo de incubação geralmente aceito do vírus. No entanto, alguns períodos de incubação são mais longos — a OMS diz que, em 95%, dos casos o período de incubação foi de um a 21 dias. Em 98%, não foram mais longos do que 42 dias.

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O presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou ontem que ele e a mulher Priscilla Chan farão uma doação de US$ 25 milhões à ONG CDC Foundation para o combate à epidemia de ebola pela qual passam alguns países do oeste africano.

O Centro de Controle e Pre­­venção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, anunciou reforços no combate ao ebola no país, após críticas sobre como as autoridades federais e locais lidaram com o caso de infecção em Dallas, no Texas.

Segundo o diretor do CDC, Thomas Frieden, uma equipe do centro será enviada a qualquer hospital que registrar um paciente infectado pelo vírus.

"Vamos enviar rapidamente uma equipe com alguns dos maiores especialistas do mundo", afirmou Frieden.

Ele reconheceu que a reação do governo no caso do liberiano Thomas Duncan, diagnosticado com o ebola no dia 30 de setembro e morto no dia 8, ficou aquém do necessário.

No domingo, foi confirma­­da a infecção de uma enfermeira que ajudou nos cuidados a Duncan. Nina Pham, de 26 anos, foi isolada e passa por tratamento no Hospital Presbiteriano de Saúde do Te­­xas, onde trabalha.

"Eu gostaria que tivéssemos enviado uma equipe assim quando o primeiro paciente foi diagnosticado. Isso poderia ter evitado a segunda infecção", disse o diretor do CDC. "Mas estamos preparados para fazer isso no futuro com qualquer caso nos EUA."

Uma equipe do CDC também foi enviada ao hospital em Dallas para monitorar a aplicação das medidas de controle de infecção e evitar novos casos. Pham recebeu na noite de segunda-feira uma transfusão de sangue do médico Kent Brantly, o primeiro paciente tratado no país e que foi curado.

O sangue de um paciente que superou a infecção tem anticorpos contra o vírus que ajudam no tratamento, dizem os médicos.

Contato

Autoridades de Saúde dos EUA disseram ontem que estão monitorando 76 pessoas que podem ter tido contato com o paciente Thomas Duncan, morto por ebola, depois que ele foi hospitalizado em Dallas. O monitoramento adicional foi imposto depois da confirmação que uma enfermeira que cuidou de Duncan se infectou com o vírus mortal. Duncan viajou à Libéria e ajudou a socorrer uma mulher grávida que acabou morrendo de febre hemorrágica.

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