O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, anunciou reforços no combate ao ebola no país, após críticas sobre como as autoridades federais e locais lidaram com o caso de infecção em Dallas, no Texas.
Segundo o diretor do CDC, Thomas Frieden, uma equipe do centro será enviada a qualquer hospital que registrar um paciente infectado pelo vírus.
"Vamos enviar rapidamente uma equipe com alguns dos maiores especialistas do mundo", afirmou Frieden.
Ele reconheceu que a reação do governo no caso do liberiano Thomas Duncan, diagnosticado com o ebola no dia 30 de setembro e morto no dia 8, ficou aquém do necessário.
No domingo, foi confirmada a infecção de uma enfermeira que ajudou nos cuidados a Duncan. Nina Pham, de 26 anos, foi isolada e passa por tratamento no Hospital Presbiteriano de Saúde do Texas, onde trabalha.
"Eu gostaria que tivéssemos enviado uma equipe assim quando o primeiro paciente foi diagnosticado. Isso poderia ter evitado a segunda infecção", disse o diretor do CDC. "Mas estamos preparados para fazer isso no futuro com qualquer caso nos EUA."
Uma equipe do CDC também foi enviada ao hospital em Dallas para monitorar a aplicação das medidas de controle de infecção e evitar novos casos. Pham recebeu na noite de segunda-feira uma transfusão de sangue do médico Kent Brantly, o primeiro paciente tratado no país e que foi curado.
O sangue de um paciente que superou a infecção tem anticorpos contra o vírus que ajudam no tratamento, dizem os médicos.
Contato
Autoridades de Saúde dos EUA disseram ontem que estão monitorando 76 pessoas que podem ter tido contato com o paciente Thomas Duncan, morto por ebola, depois que ele foi hospitalizado em Dallas. O monitoramento adicional foi imposto depois da confirmação que uma enfermeira que cuidou de Duncan se infectou com o vírus mortal. Duncan viajou à Libéria e ajudou a socorrer uma mulher grávida que acabou morrendo de febre hemorrágica.