Os médicos franceses tiveram de segurar e sedar a princesa Diana depois do acidente que a matou, pois ela estava tão agitada que chegou a arrancar o soro, contaram na segunda-feira no inquérito judicial sobre o caso os profissionais que a socorreram.

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No depoimento sobre as mortes de Diana e do namorado dela, Dodi al-Fayed, em 1997, os médicos afirmaram que a natureza das lesões da princesa indica que o coração dela foi violentamente lançado para a frente, com o impacto da batida, rompendo um importante vaso sanguíneo.

O especialista em atendimento de emergência Jean-Marc Martino disse que Diana estava "gritando e falando em inglês coisas compreensíveis mais incoerentes" logo depois da batida.

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Investigações policiais feitas pela Grã-Bretanha e pela França concluíram que Diana e Dodi morreram por causa da alta velocidade e do fato de o motorista do carro em que estavam, Henri Paul, estar bêbado. O carro bateu contra um pilar dentro de um túnel de Paris.

O pai de Dodi, Mohamed al-Fayed, dono da loja de departamentos Harrods, acredita que o filho e Diana foram mortos pelo serviço secreto britânico a mando do príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth.

O inquérito judicial é um procedimento britânico obrigatório para casos de morte não natural. O processo deve durar até seis meses e custar mais de 20 milhões de dólares.

O professor Andre Lienhart, que investigou o tratamento recebido por Diana para um juiz-investigador francês, descreveu ao júri os detalhes da luta para salvá-la na noite de 31 de agosto de 1997.

Ele disse por videoconferência que um assistente teve que segurar firme o braço de Diana para colocar o soro, mas que ela arrancou o acesso venoso.

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- Por causa da agitação, o primeiro acesso, o primeiro soro foi retirado - disse Lienhart. - Ela estava agitada ... recusava o tratamento. Ele decidiu injetar alguns medicamentos para reduzir a agitação, para que ela aceitasse o tratamento.

O inquérito judicial ficará prejudicado com porque alguns dos fotógrafos que perseguiam o carro de Diana e Dodi no túnel se recusaram a testemunhar.

Stephane Darmon, um motociclista que levou o fotógrafo Romuald Rat em busca de uma foto exclusiva de Diana, apresentou-se voluntariamente ao tribunal londrino e foi interrogado duramente.

Acredita-se que a severidade do interrogatório tenha preocupado autoridades francesas e assustado os outros paparazzi.