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Premiê Pak Pong Ju | Reinhard Krause/Reuters
Premiê Pak Pong Ju| Foto: Reinhard Krause/Reuters

Inexperiência é a marca de Kim

O homem que governa a Coreia do Norte desde dezembro de 2011 é um jovem de pouca experiência e pouco conhecido até mesmo em seu país. Kim Jong Un é o terceiro e mais jovem filho de Kim Jong Il, que por sua vez recebera o poder se seu pai, Kim Il Sung, o fundador da Coreia do Norte.

Na verdade, pouco se sabe sobre o homem apresentado como "Grande Sucessor" após a morte do pai.

Até mesmo sua data de nascimento é incerta. Filho da dançarina profissional japonesa Ko Yong Hui, que faleceu em 2004,

Kim Jong Un teria nascido em 1983 ou em princípios de 1984 e estudou na Suíça, de onde retornou no ano 2000.

Semelhança

Kim Jong Un é o filho mais parecido fisicamente com o pai e há rumores de que teria alguns problemas de saúde sofridos por Kim Jong Il, como diabetes e problemas cardíacos.

Com menos de 30 anos e sem experiência militar e política, ele é um enigma para todos. Ele se tornou conhecido apenas em setembro de 2010, quando foi nomeado general de quatro estrelas do Exército e vice-presidente da poderosa Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, o que já indicava que seria o sucessor do pai.

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A retórica belicosa adotada pela Coreia do Norte nas últimas semanas ficou em segundo plano, pelo menos temporariamente, com o anúncio ontem do novo primeiro-ministro do país. Após declarar que a construção da bomba nuclear e uma economia forte são as prioridades, o governo recolocou no topo do gabinete norte-coreano Pak Pong Ju, conhecido por propor a reformulação de políticas econômicas.

A nova presidente da Coreia do Sul, que tem em mente a política de reengajar Pyongyang em discussões e ajuda, afirmou aos principais líderes militares sul-coreanos que deixem de lado as considerações políticas e respondam fortemente se a Coreia do Norte atacar.

A reaparição de Pak como primeiro-ministro na sessão anual de primavera do Parlamento é vista por analistas como um sinal claro de que o líder Kim Jong Un está recuando em seus comentários recentes e prometendo focar no fortalecimento do desenvolvimento da economia.

A Organização das Nações Unidas (ONU) diz que dois terços da população do país de 24 milhões de pessoas enfrenta falta constante de alimentos. Pak era primeiro-ministro quando foi demitido em 2007, após propor um sistema de salários no estilo dos EUA. A escolha do governo sinaliza que o primeiro-ministro terá um papel importante na formação da política econômica novamente.

"Pak Pong Ju é a face da reforma econômica, com as características da Coreia do Norte", afirmou John Delury, analista da Coreia do Norte e professor da Universidade de Yonsei, em Seul. Qualquer mudança econômica não deve ser radical, afirmou Delury.

A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, prometeu ontem uma forte resposta militar a qualquer provocação norte-coreana, depois de Pyongyang ter anunciado que os dois países estão em estado de guerra.

Segundo a CNN, a Marinha dos EUA está levando um navio de guerra e uma plataforma marítima de radares para perto da costa da Coreia do Norte a fim de monitorar as ações militares do país.

Park tem desafios externos e internos

Além do desafio de ser a primeira mulher a ocupar a presidência da Coreia do Sul, Park Geun-hye foi eleita para comandar o país desenvolvido com a maior diferença de renda entre os gêneros do mundo. Ela é filha de Park Chung-hee, que governou o país entre 1961 e 1979 e cuja administração foi marcada por um período de grande crescimento econômico, conhecido como milagre do Rio Han.

Mas seu início de governo tem sido marcado por escândalos internos e ameaças do país vizinho, ao norte. Pyongyang, que já cancelara o armistício que colocou fim à Guerra da Coreia, declarou "estado de guerra" com Seul e ameaça realizar ataques preventivos contra o território sul-coreano e contra os EUA.

Desafio

O assunto fez parte de seu discurso de posse, quando ela mencionou o teste nuclear norte-coreano realizado em 12 de fevereiro, o terceiro desde 2006, ao qual se referiu como "um desafio à sobrevivência e ao futuro do povo coreano". A presidente afirmou que Pyongyang deveria abandonar suas ambições nucleares e trabalhar pela paz.

"Não deve haver qualquer dúvida de que a maior vítima será ninguém mais do que a própria Coreia do Norte", afirmou Park.

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