Ataque
Segurança de premier falhou
Agência Estado
A agressão ao primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, além de mostrar a polarização da sociedade italiana, também fez surgir questões sobre a segurança do primeiro-ministro. Berlusconi, de 73 anos, foi levado às pressas para o hospital San Raffaele, com o rosto coberto de sangue após o ataque, ocorrido na Piazza del Duomo, em Milão, depois de um discurso.
Imagens de televisão mostraram que o agressor chegou perto de Berlusconi e arremessou a miniatura, um souvenir do Duomo de Milão a catedral gótica que é um símbolo da cidade e está localizada na mesma praça atingindo o primeiro-ministro no rosto. Jornais italianos disseram que a miniatura da igreja era feita de metal.
O premier perdeu bastante sangue e está tomando antibióticos e remédios para a dor "persistente", informou o hospital por volta do meio-dia de ontem. Seus sinais vitais estão normais, mas ele enfrenta problemas para se alimentar.
O porta-voz de Berlusconi disse que o primeiro-ministro está cansado e tem uma forte dor de cabeça. "Tentamos fazer com que ele descanse. Ele gostaria de se envolver em várias atividades, mas os médicos dizem que é preciso cautela."
O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, continuará hospitalizado ao menos até hoje para se recuperar da agressão que sofreu no domingo, após um comício em Milão, num episódio que evidenciou a polarização na Itália em torno do direitista.
Berlusconi, 73 anos, sofreu uma pequena fratura no nariz e quebrou dois dentes ao ser atingido no rosto por uma minirréplica de metal da catedral de Milão, em cujo pátio discursava diante de apoiadores e de um grupo de opositores. Ontem, ele ainda sentia dor e tomava antibióticos, mas não será submetido a cirurgia, disseram os médicos.
A agressão "ilustra a grave degradação da política na Itália, opinou o jornal La Repubblica, tradicionalmente crítico a Berlusconi e que denunciou os escândalos sexuais nos quais o premiê está envolvido.
Ele também é réu em dois processos na Justiça, por supostos suborno e fraude fiscal. E, no início do mês, foi acusado de ter elos com a máfia italiana.
A sucessão de eventos elevou a pressão por sua renúncia, conclamada em uma marcha que reuniu 90 mil pessoas no último dia 5, em Roma.
O primeiro-ministro nega as acusações, se diz vítima de complô da esquerda e descarta renunciar, enquanto tenta aprovar uma lei que levaria à prescrição dos crimes dos quais é acusado.
Horas após o ataque de domingo, proliferavam na internet grupos de apoio ou repúdio ao agressor do premier, e este, no hospital, disse ver um "clima de ódio contra ele. Já a esquerda afirma que as falas de Berlusconi têm dividido o país. Também foram divulgados vídeos da agressão com apelos a mais violência contra o primeiro-ministro.
Analistas ouvidos pelas agências de notícias dizem acreditar que o episódio deve despertar simpatia interna em favor do premier, que recebeu ontem votos de melhoras dos governos de Estados Unidos e França e do Papa Bento XVI.
O agressor
Identificado como Massimo Tartaglia, 42 anos, o agressor do premiê foi preso logo após o ataque e ontem foi formalmente acusado de lesão corporal qualificada. A polícia diz que encontrou em seus bolsos outro suvenir, um pequeno crucifixo e uma lata de spray de pimenta o que, segundo as autoridades, caracteriza a premeditação do crime. Tartaglia nega.
Submetido a tratamento por problemas mentais desde 1999, ele disse à polícia que "odeia a política de Berlusconi, mas que só decidiu agredi-lo quando já saía do comício e se deparou com o premier. Em carta divulgada por seus advogados, ele pede desculpas e afirma que "agiu sozinho e que não milita em nenhum grupo político.
Seu pai, Alessandro Tartaglia, com quem trabalha em uma gráfica, disse que o acusado "nunca fez mal a ninguém. Nunca fez política ativa, é voluntário do (grupo conservacionista) WWF.
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