Tropas russas desembarcam em cidade próxima à região do conflito com a Georgia, na Ossétia do Sul| Foto: Vladimir Popov/Reuters
Mulher georgiana chora, com a criança no colo, em frente ao bloco de apartamentos civis bombardeados por tropas russas
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O vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, telefonou para o presidente da Geórgia para manifestar a solidariedade de Washington no conflito contra Moscou e disse a Mikhail Saakashvili que "a agressão russa não pode ficar sem resposta". "O vice-presidente expressou a solidariedade dos Estados Unidos com o povo georgiano e com o seu governo democraticamente eleito diante desta ameaça à soberania e integridade territorial da Geórgia", disse nota do gabinete de Cheney.

No telefonema ocorrido no domingo, Cheney disse a Saakashvili que a continuação da agressão russa "teria sérias consequências para suas relações com os Estados Unidos, assim como para a comunidade internacional de maneira mais ampla". Cheney ficou nos EUA enquanto Bush, que conversara com Saakashvili anteriormente, assiste à Olimpíada em Pequim.

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A Geórgia, aliada dos EUA no Cáucaso, ofereceu um cessar-fogo e negociações de paz após retirar suas tropas da região separatista da Ossétia do Sul. Enviados estrangeiros já iniciaram a tentativa de mediação. Mas ainda há confrontos em parte do Cáucaso, e a Rússia exige uma retirada incondicional das tropas georgianas, enviadas à Ossétia do Sul na semana passada para tentar recuperar para Tbilisi o controle da região, que desde a década passada goza de autonomia sob proteção russa.

No domingo, a Casa Branca alertou que a escalada militar na Geórgia poderia ter "um impacto significativo, de longo prazo" nas relações russo-americanas. O gabinete de Cheney disse que Saakashvili o informou sobre o conflito, falou de ataques contra civis e ouviu do vice-presidente elogios "pela moderação de seu governo, pelas ofertas de cessar-fogo e pela retirada das forças georgianas da zona de conflito na região do país (chamada) Ossétia do Sul."