Agora, os manifestantes se concentram no bloqueio de acesso a centros de distribuição a supermercados.| Foto: Reprodução de vídeo Twitter
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Na Holanda, o setor agrícola está em crise. Insatisfeitos com uma proposta ambiental aprovada na semana passada pelo governo, agricultores bloqueiam ruas e estradas que dão acesso aos supermercados.

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Alguns portos também foram bloqueados por pescadores que se tornaram solidários aos manifestantes. E o Aeroporto de Schiphol, de Amsterdã, notificou os viajantes sobre o risco dos bloqueios prejudicarem o acesso até os aeroportos, orientando sobre o uso de transporte público.

O que diz o plano do governo

Na última terça-feira (28) os legisladores holandeses decidiram reduzir as emissões de poluentes como óxido de nitrogênio e amônia em 50% até 2030. As províncias receberam o prazo de um ano para formular planos para atingir a meta.

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As reformas incluem reduzir a criação de gado e estimular a compra de fazendas cujos animais produzem grandes quantidades de amônia. Os manifestantes reclamam que estão sendo "perseguidos" pelas autoridades, "sem perspectiva de futuro".

Como são as manifestações

Agora, os manifestantes se concentram no bloqueio de acesso a centros de distribuição a supermercados. Desde a segunda-feira (04), 25 tratores travam o caminho que leva à rede de supermercados Albert Heijn, na cidade de Zaandam, ao norte de Amsterdã. Faixas coladas nos veículos apresentam mensagens como "Nossos fazendeiros, nosso futuro".

Na cidade de Drachten, no norte do país, as placas presas aos tratores sugerem aos consumidores e legisladores: "pensem por um momento sobre o que você quer comer sem os agricultores".

O Escritório Central de Abastecimento de Alimentos do país publicou uma nota informando que "os supermercados fazem tudo o que podem para manter as lojas abastecidas, mas, se os bloqueios continuarem, isso pode fazer com que as pessoas não consigam fazer suas compras diárias".

Na semana passada, os protestos foram feitos em frente à casa de ministros da Justiça e Segurança e da Agricultura. As manifestações aconteceram também nas delegacias.

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O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, recusou-se a negociar com a liderança dos protestos e indicou o ex-vice-primeiro-ministro Johan Remkes para ser o mediador entre o governo e os agricultores.

De acordo com um grupo nacional de lobby agrícola, LTO, existem quase 54 mil empresas agrícolas na Holanda, com exportações totalizando 94,5 bilhões de euros em 2019.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]