Inundação em Nova Jersey cobre automóvel após passagem do furacão Irene pelo nordeste dos Estados Unidos| Foto: REUTERS/Mark Dye

As inundações finalmente começaram a recuar nas áreas do nordeste dos EUA que foram devastadas pelo furacão Irene, mas muitas comunidades continuam submersas nesta quarta-feira, e equipes de emergência precisam passar por estradas interrompidas e rios cheios para entregar mantimentos.

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A tempestade causou até 380 milímetros de chuvas no sábado e domingo na Costa Leste dos EUA, fazendo os rios atingirem níveis recordes em dez Estados, segundo o Departamento de Pesquisas Geológicas dos EUA.

Muitas áreas de Nova Jersey, do interior de Nova York e de Vermont tiveram as piores inundações em várias décadas. Cerca de 1,8 milhão de empresas e domicílios continuam sem energia -- no auge, foram 6,7 milhões de usuários afetados.

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A agência Standard & Poor's estimou que o prejuízo em nível nacional chegou a 20 bilhões de dólares, mas outras empresas calculam metade disso. Muitos proprietários de imóveis agora precisam enfrentar seguradoras que excluem das suas apólices danos decorrentes de inundações.

Causando ainda mais ansiedade, a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências disse ter suspendido projetos de longo prazo para poder se concentrar no auxílio imediato aos Estados afetados, já que a entidade tem apenas 800 milhões de dólares no seu caixa para essas eventualidades.

A Casa Branca informou que o presidente norte-americano, Barack Obama, pretende visitar no domingo a cidade de Paterson, em Nova Jersey, um dos muitos lugares que residentes e comerciantes sofreram perdas pessoais e econômicas.

No Estado de Nova York, as autoridades contabilizam 600 casas destruídas, 1 bilhão de dólares em prejuízos, seis localidades inundadas e danos em 150 rodovias e 56 mil hectares de lavouras, segundo o governador Andrew Cuomo. "Precisamos de ajuda econômica", afirmou.

O auxílio às zonas afetadas fez com que os políticos retomassem em Washington a disputa pelo orçamento. Alguns republicanos disseram que, para liberar verbas extraordinárias para comunidades afetadas, seria preciso cortar outros gastos do governo.

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(Reportagem adicional de Grant McCool, em Millburn, Nova Jersey; de Svea Herbst-Bayliss, em Boston; de Dave Warner, na Filadélfia; de Jon Oatis e Selam Gebrekidan, em Nova York; e de Tabassum Zakaria, em Washington.