O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, declarou neste domingo que apoia a retomada de conversações sobre o programa nuclear do país com a comunidade internacional.
As negociações naufragaram um ano atrás e, meses depois, uma quarta rodada de sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) foi imposta ao país por sua recusa em interromper o enriquecimento de urânio, programa que o Ocidente supõe que esconda a fabricação de armas nucleares. O Irã nega a acusação e afirma que seu programa nuclear tem propósitos pacíficos.
Ahmadinejad disse estar pronto para retomar as conversações e afirmou que o Ocidente deu o primeiro passo. "Eles vieram a nós e disseram 'vamos negociar'", declarou o presidente a uma multidão de partidários na cidade de Ardebil, noroeste do país, cerca de 600 quilômetros de Teerã. "Nós dissemos, 'tudo bem, vamos negociar com vocês'." Mas ele não fez referência a qualquer prazo para as negociações.
A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, sugeriu na quinta-feira que as conversações fossem realizadas em Viena "durante três dias em meados de novembro" com a participação dos Estados Unidos, Reino Unido, China, França, Rússia e Alemanha.
Durante o encontro em Ardebil, Ahmadinejad advertiu o Ocidente que as conversações com o Irã não vão progredir a menos que o Ocidente esclareça sua posição sobre o suposto arsenal nuclear de Israel - uma aparente tentativa de desviar a atenção do programa nuclear do Irã.
Se isso não acontecer, o Ocidente demonstrará que "apoia a bomba atômica do regime sionista e não está buscando uma amizade (com o Irã) por meio de negociações", disse Ahmadinejad. Acredita-se que Israel tenha um arsenal nuclear, mas o país nunca confirmou ou negou a informação.
"Se vocês escolherem este caminho, suas conquistas com as negociações serão as mesmas de antes", afirmou Ahmadinejad, dirigindo-se à comunidade internacional.
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