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O ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad (2005-2013) inscreveu-se neste domingo como candidato às eleições presidenciais antecipadas de 28 de junho no Irã, uma candidatura que ainda terá de ser aprovada pelo Conselho dos Guardiões.
“A motivação, o objetivo e meu plano de trabalho mais importante é focar na resolução dos problemas de subsistência das pessoas; promover e melhorar o ambiente de negócios; acabar com a corrupção, limitar a interferência governamental excessiva e criar uma plataforma para o desenvolvimento de investimentos internos e externos”, disse o ex-presidente em uma breve coletiva de imprensa após o registro da candidatura, segundo informou a agência de notícias local. Ahmadinejad garantiu ainda que se apresenta como um possível candidato devido “ao desejo do povo, que pediu insistentemente ao seu servo para entrar nesta arena”.
Ahmadinejad sucedeu em 2005 o primeiro presidente reformista do país, Mohammad Khatami – que em 1999 trouxe ares de abertura à República Islâmica do Irã. Sua presidência foi muito controversa, tanto no exterior como internamente, mas o ex-presidente continua a ter um forte apoio entre as classes populares, que confiam que ele pode ajudá-las em questões financeiras, apesar da economia ter piorado durante o seu mandato.
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O Irã iniciou na quinta-feira o registro de candidatos presidenciais, um processo que se prolongará até segunda-feira e depois o Conselho de Guardiões anunciará em 11 de junho quem poderá participar nas eleições. Até agora, 25 candidatos registraram-se para as eleições presidenciais de 28 de junho, que serão realizadas após a morte do presidente Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero junto com o ministro das Relações Exteriores Hossein Amir Abdollahian e outras seis pessoas em 19 de maio.
As eleições serão realizadas em um contexto de forte descontentamento da população devido à má situação econômica e à repressão social, especialmente contra as mulheres com a nova campanha para reimpor o uso do véu. As recentes eleições parlamentares de março registraram a participação mais baixa dos 45 anos da República Islâmica, quando apenas 41% do eleitorado foi às urnas. (Com Agência EFE)