O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, criticou a Arábia Saudita nesta quarta-feira (13) por seu papel no conflito entre o governo do Iêmen e rebeldes xiitas, dizendo que o reino deveria tentar fomentar a paz, e não usar armas contra outros muçulmanos.

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A declaração de Ahmadinejad foi a crítica mais contundente já feita pelo Irã, país onde predominam muçulmanos xiitas, à Arábia Saudita, de maioria sunita.

"Esperávamos que as autoridades sauditas agissem como mentores e promovessem a paz entre irmãos, não que elas próprias entrassem na guerra e usassem bombas e metralhadoras contra muçulmanos", disse Ahmadinejad em discurso transmitido pela televisão.

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"Se apenas uma pequena parte das armas da Arábia Saudita fosse usada em favor da Faixa de Gaza e contra o regime sionista (Israel), hoje não restaria sinal do regime sionista na região", disse ele na televisão estatal.

Ahmadinejad disse que a Arábia Saudita, maior produtora mundial de petróleo e aliada dos Estados Unidos, usa a receita do petróleo cru para comprar armas que, então, são empregadas para "matar irmãos" e promover a sedição.

O líder iraniano, que frequentemente faz discursos inflamados contra o Ocidente, disse também acreditar que Estados Unidos, Grã-Bretanha e Israel estão por trás do conflito iemenita, visando "atear fogo a toda a região" como parte de um esforço para dominar o Oriente Médio.

O Iêmen, país mais pobre do mundo árabe, ganhou destaque recentemente nos esforços liderados pelos EUA para combater o terrorismo, depois de uma ala iemenita da Al Qaeda ter anunciado a autoria da tentativa fracassada de explodir um avião de passageiros dos EUA no dia de Natal.

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