O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, decidiu nesta quarta-feira (22) manter a indicação de um político controvertido para a vice-presidência. A decisão representa um desafio pouco habitual à autoridade do aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã e aliado do presidente, que ordenou a remoção do indicado, segundo a agência semioficial de notícias Fars. O desafio de Ahmadinejad aprofunda a disputa entre os líderes de linha dura do país e deve indignar seus colegas conservadores, além de poder provocar uma divisão entre ele e o líder supremo.
A disputa no campo dos linhas-duras ocorre enquanto Khamenei tenta mantê-los unidos diante do forte desafio da oposição após a eleição presidencial de 12 de junho, na qual Ahmadinejad foi reeleito, sob acusação de fraude. Os opositores saíram às ruas contra as eleições e os protestos deixaram ao menos 20 mortos.
A ordem de Khamenei impondo a remoção de Esfandiar Rahim Mashai foi um golpe humilhante para Ahmadinejad - que é visto como protegido do líder supremo - , mas Khamenei pareceu julgar a medida necessária para preservar o apoio dos linhas-duras. Mashai é parente de Ahmadinejad por afinidade - a filha dele é casada com o filho do presidente - e enfureceu os linhas-duras em 2008 quando afirmou que os iranianos eram "amigos de todos os povos do mundo, até dos israelenses". Na época, ele era vice-presidente encarregado do turismo e da herança cultural do país.
O Irã tem 12 vice-presidentes, mas o primeiro é o mais importante, pois sucede ao presidente no caso de sua morte, incapacidade, renúncia ou deposição. Também é ele que administra as reuniões de gabinete na ausência do presidente.
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