O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, desembarca neste fim de semana em Brasília acompanhado por uma comitiva de 300 pessoas, na sua maioria empresários. A visita vai durar pouco mais de 24 horas, mas Ahmadinejad quer retornar a Teerã depois de firmar 23 acordos bilaterais envolvendo negócios - de energia e petroquímicos até alimentos e medicamentos e com a sinalização de que a imagem negativa que representa no cenário internacional pode ser revista.
Para as autoridades iranianas, a visita de Ahmadinejad ao Brasil representa a possibilidade de reduzir as resistências figura do presidente. Há dois anos a visita é negociada, a ideia era tê-la realizado em maio, mas Ahmadinejad alegou que estava em período eleitoral. Porém, há suspeitas de que o adiamento foi definido pelas várias críticas ocorridas no Brasil presença do iraniano.
Na segunda-feira (23) as agendas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seus ministros da área econômica serão dedicadas a Ahmadinejad e comitiva. Empresários brasileiros, liderados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), virão a Brasília para reuniões com os iranianos.
Reeleito em junho com cerca de 63% dos votos contra 34% do principal candidato da oposição, Mir Hossein Mousavi, Ahmadinejad pretende nesta viagem mostrar que superou as restrições internas e que busca acordos internacionais que melhorem a qualidade de vida no Irã uma vez que o país sofre com o embargo imposto pelos norte-americanos.
Ao desembarcar em Brasília em dois aviões, Ahmadinejad quer deixar para trás as imagens que ganharam a imprensa estrangeira mostrando protestos da oposição por suspeita de fraude nas eleições. Os protestos foram enfrentados com violência pela polícia e a milícia Basij - ligada Guarda Revolucionária.
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