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Clotilde, de 24 anos: dez meses de cadeia e fiança de US$ 285 mil | Benoit Tessier/Reuters
Clotilde, de 24 anos: dez meses de cadeia e fiança de US$ 285 mil| Foto: Benoit Tessier/Reuters

A professsora universitária francesa Clotilde Reiss chegou ontem a Paris, depois de ficar dez meses numa prisão iraniana sob a acusação de espionagem. A libertação foi negociada com a ajuda do Bra­­sil, a quem o presidente da França, Nicolas Sarkozy, agradeceu pela ajuda.

O retorno da professora à Fran­­ça concluiu um período de tensão extra entre Paris e Teerã, desde a prisão de Reiss após as manifestações contra o resultado das eleições iranianas, em junho de 2009.

Sarkozy agradeceu aos presidentes do Brasil, do Senegal e da Síria pelo papel desempenhado nas negociações com o governo iraniano para a libertação.

Segundo o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Gar­­cia, o presidente iraniano, Mah­­moud Ahmadinejad, disse ao co­­lega brasileiro que a decisão de li­­bertar Reiss "foi um presente para o Brasil’’ e que a libertação da professora francesa foi resultado de meses de "diplomacia silenciosa’’ do Brasil. Ela própria teria en­­via­­do nota de agradecimento ao país.

Reiss foi ao Irã como professora de francês, mas foi presa por ter enviado informações à embaixada francesa durante os protestos contra a suposta fraude no pleito que reelegeu o ultraconservador Ahmadinejad.

Ela chegou a ser sentenciada a cinco anos de prisão, mas pagou fiança de US$ 285 mil.

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