O presidente o Irã, Mahmoud Ahmadinejad, vai buscar o apoio de líderes latino-americanos de esquerda durante um tour que terá início no domingo (08), depois de países ocidentais terem imposto novas sanções ao setor petrolífero iraniano.
Ele inicia a viagem pela Venezuela, depois segue para a Nicarágua, Cuba e o Equador. O iraniano irá à posse do nicaragüense Daniel Ortega, reeleito para um segundo mandato presidencial.
De olho nas eleições parlamentares iranianas marcadas para março, Ahmadinejad vai se encontrar durante a viagem com outros presidentes anti-americanos, numa estratégia que o governo dos Estados Unidos qualificou como demonstração de que o Irã "está desesperado para ter amigos".
"Nós estamos deixando totalmente claro para os países em todo o mundo que agora não é o momento de aprofundar relações com o Irã, não as relações de segurança, não as relações econômicas", disse na sexta-feira a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Victoria Nuland.
O presidente dos EUA, Barack Obama, aprovou novas medidas na véspera do ano-novo que dificultam ainda mais para a maioria dos países a compra de petróleo iraniano. A União Europeia está para anunciar algum tipo de proibição de compra do petróleo do Irã até o fim deste mês.
As sanções têm por objetivo forçar o Irã a interromper seu programa nuclear, o qual os EUA e seus aliados dizem ter por objetivo a produção de bombas. O Irã nega a acusação e diz que seu objetivo é apenas a geração de energia.
As sanções já vem causando problemas para os iranianos. Diante de preços em alta e a perda de valor da moeda do país,o rial, eles vêm fazendo fila nos bancos para converter suas poupanças em dólares.
"O representante do honrado povo do Irã será bem-vindo", disse Chávez na semana passada, quando as manobras navais iranianas contribuíram para puxar para cima os preços do petróleo.
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