O Irã pode acabar com o cargo de presidente eleito por voto direto, disse ontem o líder supremo aiatolá Ali Khamenei, no que pode ser um alerta para que Mahmoud Ahmadinejad e possíveis sucessores não ultrapassem os seus poderes executivos limitados. O comentário de Khamenei acontece enquanto Ahmadinejad luta contra críticas constantes dos conservadores de linha dura que o acusam de estar sob o domínio de conselheiros "divergentes" que querem minar o papel do clero islâmico, incluindo a função do líder supremo.
Khamenei lançou a sugestão do que seria a maior mudança na Constituição do Irã em duas décadas durante um discurso abrangente, dizendo que não seria "nenhum problema" eliminar o cargo de presidente eleito diretamente, se isso fosse considerado necessário. "No momento, o sistema de governo do país é presidencial, um governo em que o presidente é eleito diretamente pelo povo, e esse é um método bom e eficaz", ele disse a uma plateia de acadêmicos na província de Kermanshah. "Entretanto, se um dia, provavelmente em um futuro distante, for considerado que o sistema parlamentarista for o mais apropriado para a eleição das autoridades do poder executivo, alterar a estrutura atual não será nenhum problema", disse Khamenei em um discurso transmitido pela televisão estatal.
Ahmadinejad contou com o apoio total de Khamenei quando foi eleito para um segundo mandato de quatro anos em junho de 2009, mas analistas disseram que, em abril passado, houve um atrito entre as duas maiores autoridades do país quando o presidente tentou demitir seu ministro da Inteligência e foi proibido pelo líder supremo de fazê-lo.
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