Genebra (AE/Folhapress) Um levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre aids e vírus HIV divulgado ontem mostra que 4,9 milhões de pessoas foram infectadas em 2005 em todo o mundo, o maior salto desde que o primeiro caso foi descoberto, em 1981. Segundo o informe do Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e da OMS (Organização Mundial da Saúde), atualmente há 40,3 milhões de pessoas infectadas pelo vírus da Aids em todo o mundo contra 37,5 milhões em 2003.
Os 4,9 milhões de novas infecções de HIV registrados em 2005 foram abastecidos em grande parte por ocorrências na África Subsariana, Rússia e países do Leste Europeu, segundo o relatório. Por outro lado, nunca a América Latina registrou um aumento no número absoluto de casos de aids tão grande em um ano como em 2005. Segundo a Unaids, 200 mil novos casos foram identificados na região no ano e o número de doentes nos países latino-americanos já chega a 1,8 milhão. Em 2003, o aumento havia sido de 170 mil. "Os números continuam a crescer na região", afirmou Karen Stanecki, especialista da Unaids.
No total, 66 mil latino-americanos morrerão de aids em 2005, um terço deles provavelmente no Brasil. Em todo o mundo, o número deve chegar a 3,1 milhões de pessoas, incluindo 570 mil crianças muito mais que as mortes registradas por desastres naturais desde dezembro de 2004, quando um maremoto causou a morte de 280 mil pessoas em países do sul da Ásia e leste da África.
Foco
Segundo a OMS e o Unaids, o Relatório Mundial sobre a Epidemia de Aids deste ano está centrado na prevenção do HIV. "Temos novos dados que indicam que as taxas de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana em adultos caíram em alguns países e que as mudanças no comportamento para prevenir a infecção o aumento da utilização de preservativos, o adiamento da primeira experiência sexual e a redução do número de parceiros desempenhou um papel decisivo nessa queda", diz o informe.
Apesar disso, o número de pessoas que contraem o HIV continua aumentando todos os anos. Em 2005, aproximadamente 13,5 mil pessoas foram infectadas por dia com o vírus causador da aids, a maioria delas, 95%, nos países de menores rendas, de acordo com o estudo.
A zona mais afetada pela epidemia continua sendo a África subsariana, onde há 25,8 milhões de infectados pelo HIV e 2,4 milhões de pessoas morreram de aids em 2005, segundo a OMS. O relatório mostra que, dos 4,9 milhões de novos casos deste ano, 3,2 milhões são desta região.
O Caribe é precisamente a única região onde o número de pessoas com HIV não aumentou em 2005. O relatório destaca alguns avanços recentes nessa região, que abrange Bahamas, Barbados, Bermudas, República Dominicana e Haiti. Há menos mulheres grávidas com aids e o preservativo ganhou popularidade, dizem as Nações Unidas.
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