A Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), reunida esta semana em Viena, confirmou hoje um terceiro mandato de quatro anos de Mohamed ElBaradei à frente do escritório da ONU encarregado de velar pela segurança nuclear no mundo.
O egípcio ElBaradei, de 62 anos, foi nomeado em 13 de junho pelo Conselho de Governadores da AIEA e sua reeleição aconteceu hoje pelos 138 países-membros do organismo na Conferência Geral, que o aprovou por aclamação.
A reeleição de ElBaradei como diretor-geral tinha sido bloqueada durante meses pelos Estados Unidos, que tentou evitá-la por não estar satisfeito com a postura de diálogo do diretor-geral frente ao Irã e por suas críticas à intervenção militar no Iraque em 2003.
O terceiro mandato do principal responsável da AIEA começa formalmente em 1º de dezembro e termina em 30 de novembro de 2009.
O egípcio, um jurista com mais de 25 anos de experiência nas Nações Unidas, foi eleito pela primeira vez em seu cargo em dezembro de 1997 e reeleito em setembro de 2001.
Há três anos ElBaradei transformou-se em um personagem público em nível internacional devido às inspeções realizadas por seu organismo no Iraque, anteriores à invasão anglo-americana.
Até o último momento tentou, junto com o sueco Hans Blix, líder da comissão da ONU de vigilância, verificação e inspeção no Iraque (UNMOVIC), evitar a guerra alegando que seus inspetores não puderam constatar que o regime de Saddam Hussein tivesse reativado seu programa nuclear.
No conflito atômico com o Irã, ElBaradei também é defensor de uma estratégia moderada baseada no diálogo e assegura que até agora os especialistas da AIEA não encontraram provas que Teerã tente fazer armas nucleares.
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