Viena (AFP) A AIEA abriu o caminho na noite desta quarta-feira para possíveis ações do Conselho de Segurança da ONU contra o Irã sobre seu programa nuclear, em meio à ameaça de represálias por parte dos iranianos. A Junta de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), após uma sessão de três dias, examinou o relatório do diretor-geral da AIEA, Mohammed El Baradei, sobre o Irã e que será automaticamente transmitido ao Conselho de Segurança da ONU.
Segundo os Estados Unidos, satisfeitos com a virada dos acontecimentos, o Conselho de Segurança se reunirá a partir da próxima semana em Nova Iorque para discutir a questão. Enquanto americanos e europeus destacam que está na hora de o Conselho de Segurança agir para obrigar o Irã a renunciar ao enriquecimento de urânio, o chefe da delegação iraniana acena com ameaças. "Os Estados Unidos têm os meios de prejudicar e causar sofrimentos (ao Irã), mas eles também estão suscetíveis à dor e ao mal. Se eles (os americanos) escolhem este caminho, então lá vamos nós!", declarou à AFP Javad Vaïdi, número dois do Conselho Supremo da Segurança Nacional. Ao ser ouvido sobre a utilização da arma do petróleo, ele afirmou que o Irã "não a utilizará no momento porque não queremos a confrontação com outros países. Mas, se a situação mudar, seremos obrigados a mudar nossa atitude e nossa política."
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