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O Irã está acelerando o ritmo de produção de urânio enriquecido na polêmica usina subterrânea de Fordo, informou nesta sexta-feira (24) em Viena a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Em seu mais recente relatório sobre o programa nuclear da República Islâmica, os inspetores da AIEA detalham que o Irã já dispõe de 110 quilos de urânio enriquecido a 20%, a metade da quantidade necessária para fabricar uma bomba nuclear.

O Irã produz urânio enriquecido com essa pureza a um ritmo de 14 quilos por mês (10 quilos na usina de Natanz e 4 quilos em Fordo), o que significa um forte aumento da produção.

A partir de um enriquecimento de 20%, os analistas já falam em "urânio altamente enriquecido" e consideram que, ao dominar este processo, os técnicos iranianos se aproximam muito dos níveis necessários para fabricar uma bomba (com uma pureza acima dos 90%).

O urânio enriquecido tem aplicações civis, em forma de combustível nuclear para usinas energéticas, mas também militares, como matéria fundamental para uma bomba.

No relatório confidencial de 11 páginas, enviado nesta sexta-feira aos países-membros do organismo, os inspetores criticam o Irã por não colaborar como deveria na investigação da AIEA.

Segundo afirmam os inspetores, por essa razão a agência não pode certificar a ausência de materiais e atividades nucleares não declaradas no Irã e não pode concluir que todo o material nuclear do país serve para atividades pacíficas.

O Irã não deu acesso à instalação militar de Parchin, como foi exigido pelo organismo durante suas duas recentes visitas a Teerã, e também não houve nenhum acordo sobre um mecanismo para resolver todos os assuntos pendentes, acrescenta o relatório.

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