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Ucrânia

AIEA diz que vai verificar situação em Zaporizhzhia “muito em breve”

Foto de satélite mostra a usina nuclear de Zaporizhzhia, em Enerhodar, na Ucrânia (Foto: EFE/EPA/MAXAR TECHNOLOGIES)

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A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou nesta sexta-feira (26) que um dos reatores da central nuclear de Zaporizhzhia está novamente ligado à rede elétrica da Ucrânia e reiterou que espera enviar "muito em breve", em questão de dias, uma missão para inspecionar a segurança da usina in loco.

Em comunicado, o diretor-geral da agência nuclear da ONU, Rafael Grossi, se mostrou aliviado pelo restabelecimento da linha externa de energia em Zaporizhzhia.

No entanto, advertiu que os recentes cortes de energia na maior central nuclear da Europa, controlada por tropas russas, mas operada por pessoal ucraniano, “deixaram claro a potencial vulnerabilidade de uma grande central nuclear localizada no meio de uma zona de conflito ativa”.

"Continuo mantendo consultas ativas e intensivas com todas as partes para organizar e liderar uma missão da AIEA à usina nuclear de Zaporizhzhia muito em breve, espero que nos próximos dias", disse Grossi.

"Como a perda repentina da linha externa de energia demonstrou ontem, a presença da AIEA no local é urgentemente necessária", acrescentou.

Por outro lado, a declaração deste órgão do sistema das Nações Unidas encarregado de garantir o uso pacífico da tecnologia nuclear indica que, segundo informações de Kiev, a usina continuou "tendo acesso à energia elétrica externa para refrigeração e outras funções de segurança”.

A Ucrânia informou que um dos seis reatores foi reconectado à rede nacional, um dia depois que a usina perdeu temporariamente a conexão com uma linha de energia vital.

Além disso, o comunicado especifica que os geradores de emergência a diesel foram acionados durante os cortes de energia desta quinta-feira, de acordo com os requisitos de segurança da usina.

"A linha de reserva de 330 quilowatts permaneceu conectada e operacional por todo esse tempo, disse a Ucrânia", detalhou a nota.

A AIEA lembra que as linhas de energia não são usadas principalmente para abastecer residências e fábricas, mas que as usinas nucleares também precisam de um fornecimento constante de eletricidade para suas operações de rotina e para alimentar os sistemas de segurança necessários durante uma emergência ou acidente.

"Caso se perca a linha de alimentação externa (...) é essencial ter uma fonte de alimentação de backup para os sistemas de segurança, a fim de evitar qualquer acidente com consequências radiológicas para as pessoas e o meio ambiente", alertou o comunicado da AIEA.

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