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Diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, fala à imprensa sobre negociações com a República Islâmica | AFP PHOTO/ DIETER NAGL
Diretor-geral da AIEA, Yukiya Amano, fala à imprensa sobre negociações com a República Islâmica| Foto: AFP PHOTO/ DIETER NAGL

O Irã e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) chegaram a um acordo que vai permitir que a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) reinicie sua investigação sobre as suspeitas de que Teerã estaria trabalhando secretamente num projeto para desenvolver armas nucleares, informou nesta terça-feira Yukiya Amano, diretor-geral da AIEA.

A divulgação da informação por Amano, que voltou de Teerã nesta terça-feira, ocorre apenas um dia antes de uma reunião entre Irã e seis potência mundiais que será realizada em Bagdá e pode representar uma virada significativa na disputa sobre as intenções nucleares iranianas.

Estados Unidos, França; China, Rússia e Reino Unido, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, mais a Alemanha, esperam que as negociações resultem num acordo para que o Irã pare de enriquecer urânio num porcentual que pode rapidamente ser transformado no núcleo físsil de armas nucleares.

O Irã nega que pretenda construir armas e afirma que seus reatores nucleares são apenas para a geração de energia e para pesquisas médicas.

Ao se comprometer com a investigação da AIEA, os negociadores iranianos em Bagdá podem argumentar que o ônus está agora com o outro lado, que deve mostrar mais flexibilidade e moderar suas exigências.

Embora a visita de Amano e as negociações em Bagdá sejam formalmente separadas, o Irã espera que o progresso com a AIEA possa melhorar suas chances de pressionar, na quarta-feira, os Estados Unidos e países europeus a reverter as sanções que têm atingido fortemente as exportações de petróleo iranianas e colocaram o país na lista negra da rede bancária internacional.

Após as conversações em Teerã entre Amano e o negociador-chefe iraniano Saeed Jalili, "a decisão foi tomada...de chegarmos a um acordo" sobre os mecanismos que darão à AIEA acesso a locais, cientistas e documentos que a agência precisa para reiniciar sua investigação, disse Amano aos jornalistas no aeroporto de Viena, após sua viagem de um dia a Teerã.

Amano disse que as diferenças persistem a respeito de "alguns detalhes", sem dar maiores explicações sobre eles, mas afirmou que Jalili assegurou que elas "não serão um obstáculo para chegarmos a um acordo". Ele falou sobre um "texto quase concluído" que será assinado em breve, embora ele não tenha dito quando isso vai acontecer. As informações são da Associated Press.

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