A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) solicitou que a Líbia encontre com urgência um lugar para depositar o concentrado de urânio acumulado durante o regime de Kadafi, informou nesta quinta-feira (22) um representante da agência da ONU.
O ex-líder líbio renunciou em 2003 a seus esforços para obter armas de destruição de massa, a bomba atômica, mas uma importante reserva de concentrado de urânio foi descoberta durante a revolta no país que levou à sua morte em outubro passado.
Uma equipe de especialistas da AIEA finalizou uma visita ao local de pesquisa nuclear de Tajoura, em Trípoli, e ao posto militar de Sabha, um oásis no meio do deserto, em 9 de dezembro, informou o enviado Ian Martin, diante do Conselho de Segurança da ONU.
"Apesar de não haver nenhum risco imediato para a saúde ou de radiações, a venda ou transferência rápida de cerca de 6.400 barris de material nuclear em Sabha são fortemente recomendados", informou.
O pastel amarelo (yellow cake) é um pó insolúvel em água que contém 80% de uraninita e serve para produzir combustível nuclear.