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Após os atentados de Madri e Londres, em 2004 e 2005, os países da Europa elevaram o grau de vigilância contra a ameaça jihadista. As operações de inteligência para desmembrar células de extremistas islâmicos resultaram no fracasso de todas as tentativas de ataques nos últimos três anos e meio. Mas, se o risco interno parece ter diminuído, as autoridades europeias se voltam contra o perigo externo representado pela infiltração da Al-Qaeda em ex-colônias europeias no norte da África. A proximidade da Europa e as ligações de células terroristas com imigrantes desses países africanos em solo europeu são fontes de preocupação.

A Argélia é o país onde o terror islâmico conseguiu se estruturar com mais vigor. Desde a conversão do Grupo Salafista para Pregação e Combate (GSPC) em Al-Qaeda do Magreb Islâmico, em 2007, quatro grandes atentados foram cometidos no país. O grupo tem ligações com o egípcio Ayman al-Zawahiri, número 2 da rede terrorista comandada pelo saudita Osama bin Laden.

O objetivo da Al-Qaeda do Magreb é instalar um Estado islâmico no Saara, mas, conforme Ali Laeidi, jornalista francês especializado em terrorismo, a organização também usa a região como plataforma para atingir o outro lado do Mediterrâneo. "Nunca em sua história a Al-Qaeda havia conseguido organizar uma base territorial sólida tão próxima do Ocidente", adverte Laiedi.

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