O grupo Al Qaeda na Península Arábica confirmou a morte de seu "número dois", Said al Shihri, que havia sido anunciada em janeiro passado pelas autoridades iemenitas, em um vídeo divulgado nesta quarta-feira (17) em uma site islamita.
Na gravação, um dirigente saudita do grupo, Ibrahim al Rabish, expressou suas condolências pela morte de Al Shihri, conhecido também como Abi Sufian al Asdi, "que morreu em um ataque americano com um avião sem piloto (drone)".
"Foi assassinado e nós o consideramos uma das melhores pessoas que queriam a morte em nome de Alá. Viajou por todos os países a procura do martírio até que Alá se o ofereceu após esperar muito", disse Al Rabish.
Antes de morrer, Al Shihri havia sido alvo no passado de três ataques, que lhe causaram ferimentos, segundo Al Rabish.
Em janeiro, o Comitê Supremo de Segurança iemenita anunciou a morte de Al Shihri pelos ferimentos sofridos em uma operação das forças de segurança em 28 de novembro do 2012 em Saada (noroeste do país).
No ataque, o líder da Al Qaeda, de nacionalidade saudita, ficou gravemente ferido e posteriormente entrou em coma e morreu.
Al Shihri era o número dois da Al Qaeda na Península Arábica, considerada pelos EUA como o ramo mais atuante e perigoso da organização, e responsável pela direção dos terroristas de nacionalidade saudita, os mais vários nesse grupo.
No início de 2002, Al Shihri foi um dos primeiros prisioneiros a chegar ao centro de detenção americano de Guantánamo, após ser capturado na fronteira entre Paquistão e Afeganistão, mas foi libertado em 2008.
De lá, voltou à Arábia Saudita, onde participou de um dos programas de reinserção de jihadistas do país, e pouco depois viajou ao Iêmen para integrar as fileiras da Al Qaeda.