O líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahri, classificou a facção Estado Islâmico e seu chefe, Abu Bakr al-Baghdadi, de ilegítimos, mas disse que seus seguidores irão se juntar a eles na luta contra a coalizão capitaneada pelo Ocidente no Iraque e na Síria se possível.
Em uma gravação de voz publicada na Internet, Zawahri declarou: “Não reconhecemos este califado”.
Não ficou claro quando a gravação foi feita, mas referências a certos eventos dão a entender que ela foi feita pelo menos oito meses atrás.
- Não fugirei de ação militar contra o Irã se necessário, diz Hillary
- Rússia começa a construir grande base militar perto da fronteira da Ucrânia
- Otan expressa preocupação com aumento de presença militar russa na Síria
O Estado Islâmico, que controla vastas áreas do Iraque e da Síria, prometeu estabelecer um califado no Oriente Médio.
Apesar das rivalidades entre a Al Qaeda e o Estado Islâmico, o ex-médico egípcio Zawahri insinuou que ainda existe chance de cooperação quando se trata de combater o Ocidente.
“Apesar dos grandes erros (do Estado Islâmico), se eu estivesse no Iraque ou na Síria cooperaria com eles para matar os cruzados e secularistas e xiitas, embora não reconheça a legitimidade de seu Estado, porque a questão toda vai além disso”, afirmou.
Zawahri não explicitou suas intenções ao fazer tais comentários, mas eles implicam a possibilidade de que ele esteja insinuando alguma forma de reconciliação.