A Al Qaeda da Península Arábica deixou de ser uma ameaça regional para virar aquilo que agências de espionagem dos EUA afirmam ser o ramo mais ativo da rede fora do Paquistão e Afeganistão, e com ambições globais, disseram autoridades norte-americanas na terça-feira.
A crescente ameaça da Al Qaeda do Iêmen tem sido monitorada com alarme pelas agências de inteligência dos EUA, e levou o presidente Barack Obama a discretamente ampliar neste mês a assistência ao governo iemenita para realizar ações violentas contra esconderijos de militantes, segundo as fontes oficiais.
Nesta semana, a Al Qaeda da Península Árabe reivindicou a autoria do frustrado atentado contra um avião da Delta Airlines que se aproximava de Detroit vindo de Amsterdã com 300 ocupantes.
O grupo disse que tentava vingar ataques dos EUA contra seus líderes e agentes no Iêmen.
O nigeriano Umar Farouk Abdultmallab, que portava os explosivos, não conseguiu detoná-los, mas as autoridades dos EUA acham que seu embarque foi uma das violações mais graves contra a vigilância antiterror desde os atentados de 11 de setembro de 2001.
Obama prometeu localizar e punir os responsáveis, e autoridades de defesa dizem que a cooperação militar e de inteligência com o Iêmen deve crescer como parte da revisão das prioridades de Washington no combate ao terrorismo, atualmente focadas no Afeganistão, Paquistão e Iraque.
Apelando por mais ajuda dos Estados Unidos e Europa, o chanceler iemenita, Abubakr Al Qirbi, descreveu o atual nível de assistência como "inadequado", e disse que seu país precisa de mais treinamento para as unidades de contraterrorismo e mais equipamentos militares, especialmente helicópteros.
A importância da Al Qaeda da Península Árabe começou a crescer aos olhos da comunidade de inteligência dos EUA neste ano, depois que militantes sauditas e iemenitas se fundiram em uma só organização sediada no Iêmen, país mais pobre da região.
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