Sanaa - Membros de tribos e integrantes da rede terrorista Al-Qaeda mataram ao menos 22 pessoas, sendo 20 soldados, e capturaram dezenas de outros em diferentes ataques em um período de 24 horas no Iêmen, informaram ontem fontes de segurança. "Militantes da Al-Qaeda fizeram uma emboscada para uma patrulha militar perto de Safer [campos de petróleo], no leste da província de Marib, matando 11 soldados", afirmou um oficial da segurança em Sanaa, capital do país. Os atiradores usaram metralhadoras no ataque de ontem. Também em Marib, dois soldados foram mortos, dois ficaram feridos e 30 foram feitos prisioneiros em um confronto entre tribos, disse outra fonte de segurança e tribal. Seis membros tribais também ficaram feridos. Os homens das tribos, armados com armas antiaéreas, atacaram um comboio militar que tentava abrir caminho na principal rodovia entre Sanaa-Marib, bloqueada por tribos que protestavam.
Histórico
O Iêmen, um país amplamente tribal localizado na Península Arábica, vem sendo palco de protestos mortíferos desde janeiro exigindo a saída do presidente Ali Abdullah Saleh.
Os protestos levaram a deserções e confrontos no exército. Mas a Guarda Republicana, liderada pelo filho de Saleh, Ahmed, permaneceu leal ao presidente.
Além dos protestos contra o regime, o Iêmen é palco de um movimento separatista no sul, uma rebelião xiita no norte e uma ressurgência da Al Qaeda em seu território. O secretário de Defesa, Robert Gates, disse que a queda de Saleh ou sua substituição por um líder mais fraco representaria "um problema real" para a luta de Washington contra a Al-Qaeda.