Londres O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, disse ontem que os britânicos não se deixarão intimidar por "pessoas associadas à Al-Qaeda". O premier também reconheceu o caráter "durável e sustentado" da ameaça terrorista.
Em entrevista à rede de tevê britânica BBC, Brown, que em cinco dias no cargo enfrentou três incidentes terroristas, assegurou que ninguém conseguirá "destruir o estilo de vida britânico". Referindo-se aos dois atentados fracassados com carro-bomba da sexta-feira em Londres e ao ataque de supostos terroristas suicidas contra o aeroporto de Glasgow, no sábado, Brown afirmou: "Está claro que tem a ver, em termos gerais, com pessoas associadas à Al-Qaeda".
O líder trabalhista atribuiu os ataques a "um grupo de pessoas não só neste país, mas no mundo todo, que está disposto a fazer o máximo dano aos civis" para conseguir seus objetivos. A resposta não pode ser só militar, policial e de segurança, mas deve incluir, segundo Brown, medidas para ganhar "os corações e as mentes" dos muçulmanos comuns e separar os extremistas da maioria que respeita as leis.
O sucessor de Tony Blair não concorda com os que afirmam que os terroristas estão motivados apenas pela ira provocada pela presença militar britânica no Iraque e no Afeganistão. Esses indivíduos, segundo o primeiro-ministro, estão cheios de ressentimento "contra a sociedade e particularmente os valores que encarnam as pessoas decentes de qualquer religião".
"Independentemente do Iraque, independentemente do Afeganistão e independentemente do que ocorre em diferentes partes do mundo, há uma organização internacional que tenta causar o máximo dano a civis perseguindo um objetivo terrorista totalmente inaceitável para a imensa maioria", acrescentou.
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