Vídeo de 2011 mostra o líder Ayman al-Zawahiri: vingança| Foto: AFP

O líder da rede terrorista Al-Qaeda, Ayman al-Zawahri, convocou ontem os muçulmanos a uma guerra santa contra os Estados Unidos e Israel por causa do vídeo que faz uma sátira ao profeta Maomé, revelado em setembro.

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O filme A Inocência dos Muçulmanos provocou uma série de protestos violentos em mais de 30 países de maioria muçulmana no mês passado, deixando dezenas de mortos e centenas de feridos.

Em vídeo publicado em sites radicais islâmicos na sexta-feira, Zawahri disse que as autoridades americanas "permitiram o filme em nome das liberdades pessoais e da liberdade de expressão".

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No entanto, o líder da Al-Qaeda considera que os EUA falham ao expressar esses valores em relação ao tratamento dos presos muçulmanos da base de Guantánamo, do Iraque e do Afeganistão.

Ele qualificou como "leais e zelosos" os responsáveis pela invasão da embaixada dos Estados Unidos no Cairo e os que fizeram o ataque ao corpo diplomático americano em Benghazi, na Líbia, em 11 de setembro. Na ação, foi morto o embaixador Christopher Stevens – apenas ontem, foi anunciado seu substituto, que será Laurence Pope.

Apesar do elogio, Zawahri não reivindicou para a entidade o ataque ao consulado líbio. O governo americano suspeita do envolvimento da Al-Qaeda na emboscada.

Jerusalém

O líder do grupo extremista ainda criticou o presidente Barack Obama por deixar que fosse aprovado o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel na Convenção Democrata, em setembro.

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Ele diz que a declaração e as orações feitas por Obama no Muro das Lamentações, em Jerusalém Ocidental, em 2008, mostram que os islâmicos enfrentam uma "cruzada sionista liderada pelos Estados Unidos".

Zawahri assumiu o controle da Al-Qaeda após a morte de Osama Bin Laden, em uma operação das Forças Ar­madas americanas em maio de 2011, no Paquistão.