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O presidente do Peru, Alan García, vai atender nesta sexta-feira a uma citação judicial no processo do massacre dos presídios de 1986, durante seu primeiro governo (1985-1990), informou nesta quinta-feira a secretaria de imprensa do Executivo.

Um comunicado oficial afirmou que García se apresentará em sua condição de testemunha à juíza María León em cumprimento do estado de direito e das leis do país.

O primeiro-ministro peruano, Jorge del Castillo, tinha anunciado horas antes que o presidente não responderia à convocação porque a juíza tinha mandado a citação para o endereço errado.

A secretaria presidencial, porém, confirmou que García falará à juíza, a partir das 8h30m (11h de Brasília), no distrito residencial de San Isidro.

Em 19 de junho de 1986, mais de 200 detidos acusados ou condenados por terrorismo foram torturados e executados numa operação contra os motins simultâneos nos presídios de Lima. O massacre aconteceu ao mesmo tempo que a capital recebia uma reunião da Internacional Socialista, com dezenas de representantes de partidos de vários países.

Segundo fontes judiciais, no interrogatório desta sexta-feira a juíza perguntará a García se ele ordenou ao então vice-ministro do Interior, Agustín Mantilla, que vigiasse o desenvolvimento da operação militar e se, como Chefe das Forças Armadas, ordenou às forças de segurança que enterrassem clandestinamente os corpos dos mortos.

No ano passado foi reaberto o processo penal de 11 militares da Marinha de Guerra acusados de assassinato. Atualmente, a promotora superior de Direitos Humanos, Luz Ibáñez, avalia um pedido para que García seja incluído como acusado no processo, como autor intelectual.

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