O presidente argentino, Alberto Fernández, na Casa do Governo em Buenos Aires, Argentina, em 6 de junho de 2022.| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni
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O presidente da Argentina, Alberto Fernández, convocou para esta sexta-feira (2) representantes de diferentes setores para uma reunião com o objetivo de construir um consenso contra a violência, após o atentado fracassado sofrido pela vice-presidente do país, Cristina Kirchner.

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Fontes oficiais informaram que o chefe de Estado convocou representantes de sindicatos, empresariais, dos direitos humanos e de diferentes crenças religiosas para a Casa Rosada, a sede do governo argentino, na tarde desta sexta-feira para "construir um amplo consenso contra o discurso do ódio e da violência".

O apelo foi lançado após o final de uma reunião do gabinete governamental chefiado por Alberto Fernández.

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A reunião, que foi convocada com urgência, analisou "o estado de comoção social resultante da tentativa de assassinato da vice-presidente", disse a presidência argentina em comunicado.

O atentado aconteceu na quinta-feira (1), em frente à casa de Cristina, no bairro Recoleta, em Buenos Aires. Em meio a uma multidão que cumprimentava a vice-presidente do lado de fora da residência, um homem apontou uma pistola para o rosto da vice-presidente, mas não houve disparo - a arma teria falhado, segundo a polícia.

Autoridades argentinas identificaram esse homem, que foi preso, como o brasileiro Fernando Andrés Sabag Montiel, de 35 anos. Nascido em São Paulo, filho de um argentino e uma chilena, ele tem residência na Argentina desde a década de 1990 e já tinha antecedente criminal por portar armas não convencionais.

A Argentina vive um período de alta tensão política, e Cristina Kirchner é alvo de um pedido de prisão por parte do Ministério Público no contexto de um julgamento no qual ela é acusada de corrupção na concessão de obras públicas durante seus mandatos como presidente (2007-2015).

Desde então, grupos a favor e contra a ex-presidente e atual vice têm se manifestado nas ruas de Buenos Aires.

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Após o ataque, Alberto Fernández emitiu uma mensagem na televisão nacional para condenar o ataque e para decretar esta sexta-feira como dia não laboral, para que os cidadãos pudessem se expressar nas ruas contra a violência.

Os ministros do governo confirmaram que participarão da mobilização na Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, em Buenos Aires, e convidaram os cidadãos a se manifestarem "em defesa da democracia e em solidariedade com a vice-presidente".

Além disso, a presidente da Câmara dos Deputados, Cecilia Moreau, informou na reunião do gabinete que foi convocada uma sessão especial da câmara baixa para este sábado para repudiar o ataque a Cristina Kirchner.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]