O ex-presidente peronista da Argentina Alberto Fernández (2019-2023) foi intimado a prestar depoimento no dia 11 de dezembro em uma investigação por uma suposta agressão contra sua ex-mulher, Fabiola Yáñez.
As denúncias surgiram em agosto paralelamente a uma investigação de corrupção envolvendo o casal. Posteriormente, a suposta vítima decidiu registrar uma queixa criminal contra o ex-presidente por violência física e assédio. As acusações envolvem lesões graves e ameaças.
Durante a investigação por corrupção contra o casal, foram encontradas fotos de Yáñez com sinais de violência no corpo no celular de María Cantero, secretária do ex-presidente, além de conversas de texto e áudio em que a ex-primeira-dama argentina acusa Fernández por agressões supostamente ocorridas na residência presidencial em Olivos (província de Buenos Aires).
O ex-presidente peronista negou as alegações da ex-mulher. Em entrevista ao jornal espanhol El País, naquele mesmo mês, Fernández afirmou que estava sendo acusado falsamente.
"Eu não bati na Fabiola. Eu nunca bati em uma mulher. Passei 18 anos com a mãe do meu filho mais velho e 11 anos com Vilma Ibarra (ex-secretária Jurídica e Técnica de sua presidência) e nunca tive um episódio dessa natureza”, disse na ocasião.
O peronista, que antecedeu Javier Milei na presidência argentina, foi formalmente acusado em 14 de agosto por lesões graves, ameaças e abuso de poder contra a ex-mulher.