O ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori, pediu formalmente que seu mandato de prisão efetiva que cumpre em um quartel policial de Lima seja modificado pela prisão domiciliar, informou nesta terça-feira (10) seu advogado, William Castillo.
O advogado declarou ao "Canal N" que já apresentou o documento, assinado por Fujimori no último dia 9 de agosto, perante a Corte Suprema de Justiça e que o motivo da solicitação é proteger a saúde do ex-mandatário.
"Não estamos pedindo um indulto nem que deixe de cumprir a pena, mas que a cumpra em casa, perante razões tão primordiais como a vida e a saúde e levando em conta o princípio que rege as condenações neste país", declarou Castillo.
O advogado já tinha anunciado em agosto a intenção de pedir esse benefício, uma possibilidade que foi rejeitada pelas autoridades do Executivo, que lembraram que a prisão domiciliar só pode ser concedida como parte da sentença de um processo judicial em andamento.
O procurador anticorrupção Julio Arbizu também enfatizou hoje que "não há possibilidade que um condenado possa ter prisão domiciliar porque está cumprindo uma condenação e porque a prisão domiciliar não é um benefício".
Segundo Castillo, Fujimori sofre de câncer na língua, apesar de uma junta médica que o avaliou nos últimos meses já ter declarado que essa condição está sob controle, e também apresenta depressão severa e hipertensão arterial.
Fujimori, de 75 anos, foi sentenciado a 25 anos de prisão pela autoria mediata de 25 assassinatos e dois sequestros durante seu governo (1990-2000), e, além disso, tem penas menores por crimes de corrupção.
No último mês de junho, o líder peruano, Ollanta Humala, rejeitou o pedido de indulto humanitário apresentado pelos filhos de Fujimori em outubro de 2012.