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Passagem pela América Latina

Além do Brasil, chanceler russo visitará Venezuela, Cuba e Nicarágua

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, visitará os líderes das três ditaduras de esquerda latino-americanas, principais aliados do Kremlin na região (Foto: EFE/EPA/Ministério das Relações Exteriores da Rússia)

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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, anunciou nesta quinta-feira (13) que, além de visitar o Brasil durante a viagem pela América Latina na segunda quinzena de abril, passará por Venezuela, Cuba e Nicarágua, três ditaduras de esquerda e os principais aliados do Kremlin na região.

“Defendemos o reforço da cooperação russo-latino-americana com base no apoio mútuo, na solidariedade e tendo em conta os interesses um do outro”, escreveu Lavrov em artigo publicado pela revista mexicana Buzos de la Noticia.

No texto, reproduzido pelo site do Ministério das Relações Exteriores russo, Lavrov destacou a relação estratégica com Brasília, Caracas, Havana e Manágua.

“A paisagem geopolítica que muda de maneira acelerada abre novas possibilidades para o desenvolvimento de uma cooperação mutuamente benéfica entre a Rússia e os países da América Latina. Estes últimos desempenham um papel cada vez mais proeminente no mundo multipolar”, enfatizou.

Lavrov alegou que Moscou não quer que a América Latina e o Caribe se tornem um espaço de antagonismo entre as potências, uma vez que baseia a sua política externa não na ideologia, como foi o caso da União Soviética, mas no pragmatismo.

Como exemplo, frisou que, apesar das sanções e da pressão política, as exportações russas para a região aumentaram 3,8%, enquanto o abastecimento de trigo saltou 48,8%.

O chefe da diplomacia russa observou que 27 países latino-americanos assinaram agora regimes de isenção de vistos com a Rússia, e que o número de estudantes latino-americanos estudando nas instituições de ensino superior russas aumentou.

No início deste mês, o presidente russo, Vladimir Putin, convidou o mandatário brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, para ir a Moscou quando recebeu o assessor especial Celso Amorim no Kremlin.

Posteriormente, Lula garantiu que durante a sua visita a Pequim proporia ao ditador chinês, Xi Jinping, a promoção do diálogo para o restabelecimento da paz entre Rússia e Ucrânia.

O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, ofereceu a Putin “apoio total” desde o início da invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Rússia e Venezuela celebraram o 78º aniversário das suas relações diplomáticas em 14 de março, laços que foram reforçados com o advento do chavismo, em 1999.

O ditador cubano, Miguel Díaz-Canel, mostrou o apoio a Putin no seu confronto com o Ocidente visitando a Rússia em dezembro de 2022, após o que também condenou o mandado de prisão emitido contra o chefe do Kremlin pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).

No final de março, o ministro das Relações Exteriores nicaraguense, Denis Moncada, se reuniu em Moscou com Lavrov e alegou que a Rússia tem o direito de garantir a sua “integridade”.

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