Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Guerra comercial

Além do TikTok: outros aplicativos chineses que estão na mira dos EUA

TikTok, aplicativo de vídeos curtos é visto como uma ameaça à segurança dos EUA (Foto: EFE/EPA/HAYOUNG JEON)

Ouça este conteúdo

O TikTok, uma das redes sociais mais usadas no mundo, pode estar com os dias contados nos Estados Unidos após a aprovação do projeto de lei na Câmara dos Representantes no último dia 13 que obriga a empresa ByteDance a se desvincular de sua matriz na China.

Segundo os autores da proposta, que ganhou apoio bipartidário, "enquanto o TikTok for de propriedade da ByteDance, controlada pelo Partido Comunista da China, ele representa uma séria ameaça à segurança nacional dos EUA". Com isso, a plataforma que possui 170 milhões de usuários americanos, terá 180 dias para negociar a venda do aplicativo.

A abertura do caso provocou uma reação da China, que condenou a ação política, acusando Washington de aplicar uma “lógica própria de bandidos” que impede uma concorrência justa no mercado global. No entanto, nesta briga de gigantes, Pequim foi quem deu o primeiro passo.

Há anos que a China veta aplicativos criados pelos americanos, incluindo a maioria das plataformas de redes sociais, como o X, Instagram e Facebook, sob a justificativa de que elas não seguem as regras do regime chinês quanto à liberação de dados dos usuários e o tipo de conteúdo disponível no ambiente virtual. O Google e o YouTube também integram essa lista.

Atualmente, a controladora ByteDance caminha para se tornar o maior grupo de mídia social do mundo, com US$ 120 bilhões em vendas globais. Só nos EUA, o grupo atingiu US$ 16 bilhões em vendas, de acordo com o jornal Financial Times.

O pesquisador da Fundação Hinrich e professor da Escola de Negócios da Universidade Nacional de Cingapura, Alex Capri, disse à emissora CNN que, caso o banimento do TikTok se concretize, o mesmo poderá acontecer com outros aplicativos de propriedade chinesa nos EUA.

Entre os grandes negócios que ganharam notória fama mundial estão a varejista Shein, o aplicativo de edição de vídeo Capcut, também pertencente à ByteDance, e a Huawei, que quase já foi banida do país e agora está novamente em pauta em meio à “guerra dos chips“ com a China. Segundo a imprensa americana, o governo está mirando todas as empresas que fornecem peças, máquinas e até mesmo materiais essenciais para a produção de chips semicondutores para a Huawei.

O Departamento de Comércio dos EUA já teria sido acionado pelo governo de Joe Biden para monitorar a interação de empresas na produção dos equipamento da gigante chinesa. De acordo com a lista preliminar divulgada no portal Olhar Digital, entre as companhias que podem ser sancionadas estão a Qingdao Si’En, SwaySure e Shenzhen Pensun Technology Co.

O ex-presidente Donald Trump (2017-2021) tentou banir o TikTok com base na mesma "ameaça à segurança nacional" durante seu mandato, embora a medida tenha ido parar na justiça e sido revogada por Biden sem entrar em vigor. Durante esse período, a ByteDance estava negociando com a Microsoft a venda de parte da empresa.

Agora, o republicano, que consolida sua representação nas novas eleições para a Casa Branca, se opõe à proibição da rede, enquanto a gestão de Biden apoiou a iniciativa legal para garantir que os dados coletados pela rede social nos EUA não acabem nas mãos da China, algo que a ByteDance negou estar acontecendo.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.