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Ditador russo, Vladimir Putin| Foto: Sergei Guneyev/EFE

A agência de inteligência interna da Alemanha, Bundesamt für Verfassungsschutz (BfV, na sigla em alemão), revelou nesta segunda-feira (9) que grupos hackers patrocinados pela regime russo são responsáveis por uma série de ataque a países da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

A investigação foi feita em parceria com a inteligência dos EUA - FBI - e outros aliados internacionais.

Segundo a agência alemã, os autores das ameaças cibernéticas pertencem à unidade militar russa GRU 29155, "responsáveis ​​por operações de rede de computadores contra alvos globais para fins de espionagem, sabotagem e danos à reputação desde pelo menos 2020", informou o Bfv.

A investigação destacou que os criminosos agiam desfigurando sites e publicando dados roubados dos países integrantes da Otan e da UE.

A GRU também esteve envolvida em ataques contra alvos da Ucrânia em janeiro de 2022, um mês antes da invasão de Moscou ao território vizinho. "A Unidade 29155 também atacou redes em estados-membros da OTAN na Europa e América do Norte, bem como países na América Latina e Ásia Central", apontou a agência alemã.

Essa mesmo unidade russa é suspeita de ser responsável pelo envenenamento do ex-agente duplo russo Sergei Skripal e de sua filha Yulia na Grã-Bretanha em 2018, segundo informou o Bfv na investigação.

Na quinta-feira passada, os Estados Unidos anunciaram uma acusação contra seis hackers russos por conspirarem para cometer intrusões informáticas e fraudes eletrônicas contra instituições ucranianas e ofereceram uma recompensa de até US$ 10 milhões por informações sobre sua localização ou suas atividades.

O Departamento de Justiça americano informou em comunicado que um grande júri em Maryland indiciou os seis hackers, todos residentes na Rússia. Cinco deles são oficiais da Unidade 29155 da Direção Principal de Inteligência da Rússia (GRU), uma agência de inteligência militar do Estado-Maior das Forças Armadas.

O sexto indivíduo é um civil que já foi acusado de conspiração para cometer intrusão informática e que agora também é acusado de conspiração para cometer fraude eletrônica.

A acusação alega que estes hackers da GRU e o civil participaram em uma conspiração para piratear, vazar dados e destruir sistemas informáticos associados ao governo ucraniano antes da invasão russa da Ucrânia.

Os acusados teriam agido assim para semear preocupação entre os cidadãos ucranianos em relação à segurança dos seus sistemas governamentais e dos seus dados pessoais.

Todos eles participaram da campanha WhisperGate da GRU, que incluiu ataques a infraestruturas críticas da Ucrânia.

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